Protesto: Parentes querem içamento do Ana Karoline III

Familiares fizeram uma manifestação pedindo mais agilidade no resgate
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Por OLHO DE BOTO

Parentes e amigos das pessoas desaparecidas no naufrágio do navio Ana Karoline III fizeram uma manifestação no fim da tarde desta terça-feira (3), no Porto do Grego, em Santana, ponto de partida da embarcação que tinha como destino a cidade de Santarém (PA).

A principal reivindicação foi por mais agilidade nas buscas às vítimas que estão há 12 metros de profundidade, presas dentro do barco.

Entre os passageiros desaparecidos estão o vendedor de peixes Arielson Ferreira de Souza e sua esposa Ludimila Pereira da Silva, ambos com 26 anos de idade.

O jovem casal morava no município de Santana e viajava a passeio. O plano era chegar em Itaituba, no Pará.  Eles deixaram 2 filhos, o menor de 4 anos pergunta todos os dias pela mãe.

O pai de Arielson, Aldeci Moraes, conta que não está sendo fácil. A cada dia, o sofrimento aumenta.

“A solução é uma balsa com um guindaste para içar o barco. Só o governador pode fazer isso por nós”, afirmou.

Cleidiane era funcionária d embarcação. Foto: Reprodução

Ludmila faz uma postagem no dia do embarque…

…mostrando as malas no interior do camarote do navio

A funcionária do Barco, Cleidiane Rodrigues, também não foi  encontrada. Os amigos acreditam que ela estava dentro do camarote quando o barco afundou.

A jovem planejava ver o filho que mora em Santarém, e que fez aniversário um dia antes do naufrágio.

“O marido dela só faz  chorar. Está angustiado. Não come desde o dia da tragédia. Nem aqui ele pôde vir. Não está sendo fácil. Queremos um enterro digno. A família dela está vindo de Santarém. Ela era sozinha aqui. É uma angústia”, desabafou a amiga de Cleidiane, Bruna Rafaela.

Rosa Bastos, parente de um dos desaparecidos, prometeu quando protestando enquanto a embarcação não for tirada do fundo.

Parentes do comerciante de peixes Arielson: o sofrimento aumenta a cada dia

Casal Ludimila e Arielson estampado em camisa: protestos irão continuar, prometeram os parentes

“Nós queremos chorar nossos mortos. É um direito nosso”, disse Rosa.

Ontem a noite, o governo do Amapá atualizou a lista oficial de mortos: 22 e 13 desaparecidos. Hoje pela manhã, o governador Waldez Góes (PDT) decretou situação de emergência e anunciou a chegada de mais mergulhadores especializados. 

Seles Nafes
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