Após última varredura atrás de corpos, navio é liberado para reboque

O Anna Karoline III será levado até Santarém numa operação acompanhada pela Marinha
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Por SELES NAFES

A Marinha do Brasil informou nesta quarta-feira (8) que está encerrada a operação de reflutuação do navio Anna Karoline III, e que agora começa o trabalho de reboque da embarcação até um porto no município de Santarém (PA).

As equipes encontraram cinco corpos dentro dos camarotes do navio depois que ele foi virado para acima numa praia a 1,8 km de distância do local do naufrágio, no último fim de semana. O barco foi deslocado porque a correnteza no local original colocava as equipes em risco.

A última varredura atrás de corpos foi finalizada nesta terça-feira (7), e a embarcação foi liberada logo após o trabalho de perícia realizado pela Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec). Famílias sustentam que oito passageiros ainda estavam desaparecidos. Os últimos corpos eram de duas mulheres, dois homens e uma criança.

A partir de hoje, o barco está liberado para ser levado por uma empresa contratada pelo proprietário do navio.

“A Marinha reforça que acompanhará até a fase final do Plano de Reboque da embarcação, mantendo estreita coordenação com os órgãos e empresas envolvidos na operação com intuito de solucionar o ocorrido com a maior brevidade possível e obedecendo normas e procedimentos de segurança”, disse comunicado distribuído à imprensa.

Bombeiros ainda conseguiram retirar cerca de 30 corpos do navio

Aeronaves do GTA e da Marinha participaram das buscas

Navio foi içado no dia 28

Navio foi levado para praia…

Desde o dia 29 de fevereiro, quando ocorreu o naufrágio no rio Jari, foram cerca de 40 dias de operação, entre o resgate de corpos e a reflutuação do navio. Mergulhadores de três estados ainda conseguiram retirar cerca de 30 corpos de dentro do navio numa operação comandada pelo Corpo de Bombeiros do Amapá e Secretaria de Segurança Pública do Estado.

A operação de reflutuação custou R$ 2,4 milhões ao governo do Amapá, que já anunciou uma ação judicial para cobrar a empresa dona do barco. 

Não foram encontrados novos corpos na última varredura realizada nesta terça-feira (7). Fotos: Macksuel Martins

O acidente matou oficialmente 39 pessoas, e está sendo investigado por um inquérito administrativo da Marinha, e por um inquérito criminal conduzido pela Polícia Civil do Amapá. A principal suspeita é de excesso de carga.

O comandante da embarcação chegou a ser preso há duas semanas acusado de atrapalhar as investigações coordenando depoimentos de tripulantes, segundo apurou a Polícia Civil do Amapá. No entanto, a justiça mandou soltar o acusado.

O inquérito policial não tem previsão para ser concluído. 

 

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