Lideranças políticas do Amapá repercutem saída de Sérgio Moro

De lamentações a pedido de impeachment de Bolsonaro, parlamentares e governador se manifestaram. Foto: reprodução
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O já agitado cenário político do Brasil ficou ainda mais conturbado, nesta sexta-feira (24), com o pedido de demissão feito pelo agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Políticos do Amapá reagiram ao fato e às declarações públicas feitas pelo ex-juiz de Curitiba.

Através de uma rede social, o governador Waldez Góes (PDT), informou que a saída de Moro em um momento de grave crise na saúde pública, traz grande preocupação. Além disso, o governador fez referências às declarações feitas pelo ex-ministro.

“As denúncias apresentadas por Moro, ao anunciar sua demissão, são gravíssimas e comprometedoras, exigindo esclarecimentos convincentes do Presidente da República, sob pena de fragilizar as nossas instituições republicanas e democráticas, exatamente quando o Brasil precisa, mais do que nunca, de estabilidade para enfrentar o momento crítico que vivemos”, concluiu Waldez.

Governador Waldez Góes: em meio à pandemia, Brasil precisa de estabilidade. Foto: arquivo SN

Outra liderança política que já se pronunciou foi o senador da República Randolfe Rodrigues (REDE). Em vídeo lançado nas suas plataformas digitais, o parlamentar afirmou que as declarações de Moro demonstram que o presidente cometeu pelo menos dois crimes, advocacia administrativa e falsidade ideológica. Por isso, Randolfe anunciou que irá pedir o impeachment de Bolsonaro.

“Lamentavelmente, diante dessas gravíssimas acusações, não nos resta, outra alternativa, senão, ainda no dia de hoje, protocolar o pedido de afastamento de impeachment, do Sr. Presidente Jair Bolsonaro, pelo fato dele ter interferido na autonomia da Polícia Federal e ter cometido o crime de falsidade ideológica”, disse Rodrigues.

Senador Randolfe Rodrigues: pedido de impeachment. Foto: divulgação

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), até o momento não fez nenhuma declaração pública, assim como Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados.

Deputados federais

Entre os deputados federais amapaenses, Camilo Capiribe (PSB), declarou que irá apresentar um requerimento na Câmara dos Deputados, convidando o ex-ministro para dar esclarecimentos sobre suas declarações. Além disso, declarou.

“Se até agora as razões de um impeachment eram políticas, por declarações autoritárias, participação em atos pedindo intervenção militar, agora a coisa mudou: @SF_Moro insinua que @jairbolsonaro quer informações sobre investigações em curso o que pode gerar obstrução de justiça”, comentou Camilo.

Camilo Capiberibe: Moro será convidado a dar esclarecimentos na Câmara. Foto: divulgação

Patrícia Ferraz (Podemos) também se pronunciou através de sua conta no Twitter, em uma postagem com uma foto ao lado de Sérgio Moro.

“É triste a saída @sf_moro do ministério da justiça!! Mais triste ainda é sair por interferência na política da Polícia Federal!! Assisti a coletiva do seu pedido de demissão, tristeza em ver que o Brasil não mudou. Triste em saber que perdemos um grande ministro”, declarou a deputada.

Patrícia Ferraz: tristeza. Foto: Arquivo SN

A deputada Marcivânia Flexa (PCdoB), fez várias declarações sobre o assunto em uma das suas redes sociais. Dentre elas.

“Desde quando Moro sabe das indevidas interferências na PF mirando proteger a “família”? Ora, se sabia, como demonstrou, porque não denunciou à época? (isso é prevaricar, faltar com o dever legal). Porque resistiu tanto? Se omitiu para defender seus interesses? O Brasil precisa saber”, declarou  deputada.

Marcivânia: ex-ministro deve explicações

Clécio e Lucas
A assessoria da Prefeitura Municipal de Macapá foi procurada, mas até o fechamento desta edição o prefeito de Macapá, Clécio Luis (Rede), não tinha feito nenhuma declaração.

O mesmo ocorreu com o senador Lucas Barreto (PSD), que já havia anunciado na semana passada que deixaria a vice-liderança do governo no Senado depois da demissão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Lucas Barreto: senador já havia sinalizado deixar de apoiar governo com saída de Mandetta

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro declarou em sua oficial que irá realizar um pronunciamento à nação às 17 horas.

“Hoje às 17 horas, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro.”, disse o presidente.

Seles Nafes
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