Com medo de preconceito, pacientes recuperados do covid-19 têm permanecido no anonimato
Compartilhamentos
Por SELES NAFES
O centro criado pelo governo do Amapá para internação de pacientes contaminados pelo covid-19 deu alta nesta sexta-feira (10) a duas pacientes. Foram as duas primeiras altas médicas do centro.
Na saída, as duas mulheres de 43 e 47 anos foram aplaudidas por funcionários do Centro de Atendimento Intensivo Covid-19, e ficaram emocionadas. Elas agradeceram pela atenção durante o tratamento e pediram que Deus abençoasse a equipe.
As duas só concordaram em ser filmadas porque estavam com as máscaras. O anonimato por causa do preconceito, aliás, tem sido uma das características de pacientes que se recuperam do novo coronavírus. No caso mais bizarro no Amapá, a mulher que foi a primeira a morrer pela doença teve o endereço divulgado nas redes sociais numa atitude criminosa.
As duas pacientes liberadas hoje haviam sido internadas no Hospital de Emergência de Macapá no último dia 7, e foram transferidas para o centro especializado que fica no complexo do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), no Centro da capital. A partir de agora elas permanecerão em isolamento domiciliar.
Outros quatro pacientes continuam internados no centro, que possui atualmente 13 leitos de UTI, e terá mais 13 com a chegada de respiradores enviados pelo Ministério da Saúde.
No último boletim epidemiológico divulgado no início da noite desta sexta-feira (10) pelo governo do Amapá aparecem 55 pacientes curados do novo coronavírus.
