Por RODRIGO ÍNDIO
Mesmo com a Prefeitura de Macapá fazendo uma dinâmica diferenciada para evitar aglomerações de pessoas, por conta da pandemia de Covid-19, na programação da Feira do Peixe Vivo, foi inevitável que uma enorme fila se formasse na manhã desta terça-feira (7).
As pessoas buscavam um pescado a preço popular para garantir o alimento da Semana Santa. Esse 1º dia de feira ocorreu no canteiro Central da Rua Claudorimo de Moraes, nas proximidades do Conjunto São José, na zona sul de Macapá.
Nem o sol forte e o grande tempo de espera fez os consumidores desanimarem para buscar o produto. Seu Eduardo do Nascimento, de 69 anos, chegou às 8h da manhã e, segundo ele, passou quase 2 horas na fila até ser atendido.
“Vim garantir o peixe da Semana Santa, né, mano. Moro ali pra perto do Açucena, vim andando cedo. A fila é inevitável já que todo mundo gosta de peixe, aí tem que ter um pouco de paciência. Farei o meu frito e cozido e vai valer a pena se arriscar e esperar”, disse o idoso.
Enquanto seu Eduardo era atendido, lá no final da fila estava Risoleta Macedo, de 34 anos. Suada, a mulher saiu do bairro Zerão, e se assustou com o tamanho da fila.
“Acho que deveria ter essa opção em vários bairros. Aqui veio todo mundo da zona sul e por isso está esse sufoco. A gente querendo ou não está correndo risco aqui com esse aglomerado no sol quente. Como não tem jeito, vou ficar aqui até garantir meu peixe”, garantiu.
Segundo o secretário municipal de Agricultura, Richardson Régio, a pasta atendeu regras de funcionamento para setores do comércio, por meio do Decreto Municipal 1.833/2020.
Ele detalhou que na barraca de atendimento houve distanciamento de 2 metros por pessoa com grades de contenção e higienização das mãos de todas as pessoas.
“A fila a gente organizou com o distanciamento. Aproveitamos para fazer um apelo para o idoso não sair de sua casa, temos muitos idosos aqui, mande um membro da família somente fazer a aquisição do peixe”, sugeriu.
Foram comercializados peixes da espécie tambaqui e pirapitinga, ao preço de R$ 10 o quilo. Os peixes vieram de tanques da comunidade do Goiabal. Cada pessoa pôde e poderá adquirir até 5 kg de peixe.
Os próximos pontos de venda serão: Praça Chico Noé, na quarta-feira (8) e praça da rodovia do Curiaú, na quinta-feira (9).