O prefeito e o governador Waldez comentaram hoje (4) as medidas que suspende atividades comerciais, mas que liberaram o funcionamento de alguns segmentos
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Por SELES NAFES
Numa live transmitida pelo Facebook da sede da prefeitura de Macapá, na manhã deste sábado (4), o governador Waldez Góes (PDT) e o prefeito Clécio Luís (Rede) detalharam as medidas dos decretos 1469 e 1833, do governo do Estado e município, que estenderam por mais 15 dias a suspensão de atividades comerciais e religiosas, e incluíram outros segmentos. Prefeitos dos outros 15 municípios também aderiram.
Ambos externaram uma preocupação com a aglomeração de pessoas em supermercados e atacarejos, especialmente no fim do dia. O prefeito Clécio adiantou que novas medidas podem ser tomadas se os donos de supermercados e atacarejos não limitarem a entrada de clientes.
“Se for necessário, nós vamos tomar medidas mais duras. As pessoas podem ir sozinhas, sem ajuda. No final da tarde está havendo muita aglomeração de pessoas nesses locais. Precisamos que as pessoas diluam essa tarefa ao longo do dia, porque podem estar colocando a perder o sacrifício gigante de todos os que estão em casa ou pararam de trabalhar”, ponderou o prefeito.
Decretos
Os novos decretos incluíram postos de gasolina, lavagens de carros e lotéricas na regra de funcionamento até às 19h, e permitiram a reabertura das feiras livres em horário diferenciado, com rodízio de feirantes em 50%, além do distanciamento entre barracas.
Feiras terão horário diferenciado. Fotos: Arquivo SN
Foi liberado o funcionamento de clínicas médicas, cartórios, lavanderias, petshops, lojas de acessórios, de materiais de construção e de peças automotivas, além de ateliês de confecções (por causa da produção de máscaras de pano), além de lojas de insumos agropecuários. No entanto, o atendimento precisará ser por agendamento em todos esses locais.
“Nas clínicas a ordem de chegada acabou. É preciso ir um por vez para não haver aglomeração, o mesmo vale para os outros serviços mantidos”, frisou Clécio.
Consultórios odontológicos só funcionarão em regime de urgência e emergência.
Os únicos serviços 24 horas liberados foram: chaveiros, hotéis, transportadoras, funerárias (com velórios de no máximo 10 pessoas e com o caixão fechado para possíveis vítimas do covid-19).
Restaurantes, lanchonetes e similares poderão continuar funcionando internamente para delivery, mas somente até às 23h. Leia o decreto clicando aqui
Igrejas
O governador Waldez Góes explicou o funcionamento das igrejas, e revelou que foram necessárias várias reuniões com líderes religiosos para chegar um consenso. A principal reivindicação era o atendimento espiritual de fieis.
“Seguindo orientações do nosso comitê científico são duas as recomendações: atendimento pode ser feito pelas redes sociais e visitas domiciliares, além do agendamento na igreja, desde que as pessoas estavam protegidas com máscaras e estiverem mantendo o distanciamento de 1,5 metro”, explicou o governador.
Igrejas poderão fazer atendimento espiritual por agendamento. Cultos e missas serão a portas fechadas
A outra regra é que os cultos podem ser realizados, mas com no máximo três pessoas, e apenas com as janelas dos templos abertas. Não é foram permitidas que as portas fiquem abertas para evitar público.
“Esta semana foram três reuniões, mas todos os pastores e padres, sem exceção, estão apoiando as medidas”, garantiu Waldez.
Antes o detalhamento, Clécio e Waldez fizeram deram uma série de explicações sobre o atendimento à distância aos alunos da rede pública, já que as aulas foram suspensas por mais 30 dias. Mais detalhes podem ser conferidos no vídeo.
Clécio e Waldez durante a live de hoje
E também voltaram a deixar claro que o número de casos poderia ser muito maior se não fossem as medidas já anunciadas 15 dias atrás.
“O senador Davi mandou relatório do ministro Mandetta, e essa semana teremos a 3ª onda do coronavírus. Não fomos atingidos nas duas primeiras ondas porque tomamos as medidas. Os próximos 15 dias serão decisivos”, comentou Clécio.
Eles citaram as mortes no estado do Amazonas (12 até ontem com 300 casos confirmados), e que o pico de circulação do vírus está previsto para o período de 6 a 21 de abril. Por isso, haverá novos casos no Amapá seguindo uma tendência nacional de crescimento exponencial.
“A maioria das pessoas não apresenta sintomas, e por isso contaminam outras”, lembrou o prefeito.
