Caixa “zera” filas; gerente se comove e atende homem doente em casa

Depois de dias com longas filas na frente de agências, banco promete mudanças na segunda etapa do pagamento
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Diferentemente do que se viu nos últimos dias, as grandes filas que se formaram na frente das agências da Caixa Econômica Federal diminuíram bastante nesta quinta-feira (7). Em Santana, um gerente se comoveu com a história de um homem que não podia ir até a agência e foi na residência do senhor realizar o pagamento do benefício emergencial.

Segundo uma fonte da Caixa, as filas foram muito maiores do que deveriam ser porque muitos buscaram o banco sem ter direito ao benefício. Além disso, a maioria das pessoas não se atentou aos calendários e muitos enfrentaram as aglomerações já no primeiro dia.

Filas gigantescas se formaram nos últimos dias em busca do auxílio. Foto: Rodrigo Índio/SN

Outro elemento fundamental foram as baixas entre os funcionários com suspeita ou confirmação de covid-19. Pelos protocolos do banco, esses funcionários foram todos afastados do trabalho o que sobrecarregou ainda mais as agências que seguiram funcionando.

Para a segunda etapa de pagamentos, a Caixa pensa em mudanças para tentar evitar todos os problemas que ocorreram nos últimos dias. Atualização nos aplicativos, intensificação nas atuações por meio de emissão de token pelos funcionários e, especialmente, conscientização da população sobre as formas alternativas de sacar o dinheiro.

Gerente paga benefício na casa de homem doente

Em Santana, o gerente André Cascaes da Silva, de 48 anos, foi até a casa de um beneficiário que não podia se deslocar até o banco. Antônio Souto Oliveira, de 52 anos, amputou uma das pernas por causa de um câncer e sua esposa, Jucilene dos Santos Souza, foi à agência do banco.

Gerente André Cascaes: foi com a família de beneficiário doente deixar auxílio. Foto: divulgação

Pelas regras, o próprio beneficiário é quem tem que ir receber o pagamento, mas emocionada e chorando, a mulher contou a história do casal.

“A Dona Cilene chegou chorando, desesperada e muito triste e apesar de toda a situação, a mesma sempre foi respeitosa e educada, o que acabou chamando a nossa atenção. Fomos em sua residência e realmente tudo o que ela falou era verdade. Fizemos o pagamento com a certeza de que aquele auxílio emergencial de fato foi para quem realmente estava precisando”, contou Cascaes

Em vídeo, mãe e filha do seu Antônio agradeceram ao gerente por todo o atendimento humanizado que receberam.

“Na hora em que mais eu precisei, pra comprar a medicação dele, que está altíssima, caríssima, fraldas descartáveis, ele está sem o material, então, já vou na farmácia comprar. A alimentação dele que está sem, então já vou comprar e agradeço de coração”, declarou Dona Cilene.

Seles Nafes
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