Em reunião com MP e órgãos, Equinócio explica complexidade nas compras de EPIs

Empresa teve pagamentos suspensos, mas afirma que demonstrará no processo que preços foram elevados para todo o mundo
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Por SELES NAFES

Um encontro entre representantes da Equinócio Hospitalar e de órgãos de fiscalização e gestão do Estado, realizada por videoconferência, pode pôr fim ao impasse sobre a aquisição de equipamentos de proteção individual. O objetivo do encontro, sugerido pela empresa, foi compartilhar as circunstâncias que hoje influenciam nos preços do EPIs durante a pandemia do novo coronavírus.

O encontro reuniu os chefes da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Ministério Público do Estado, Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Controladoria Geral do Estado (CGE) e Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).

Na semana passada, uma decisão liminar suspendeu os pagamentos do Estado à empresa após pedido do Ministério Público. O MP argumenta que preços praticados pela Equinócio estariam até oito vezes maiores que a média de mercado.

Representantes da Sesa, MP, Alap, SVS, PGE, CGE e outros órgãos participaram da discussão. Fotos: Divulgação

Representantes da Equinócio Hospitalar detalharam o processo de compras

O representante da empresa no encontro, o advogado Waldenes Barbosa, explicou que, apesar haverem empresas brasileiras vendendo EPIs mais baratos, nenhuma delas tem estoques em quantidade suficiente para atender a demanda.

Além disso, 95% da produção é concentrada na China, e os fretes aéreos estão seis vezes mais caros que o transporte marítimo.

“Sentimos a necessidade de compartilhar com o comitê da crise esses problemas de falta de EPIs, dificuldade de compra e de elevação de preços, e temos como demonstrar tudo isso com documentos. Fomos bem acolhidos e entenderam. É uma problemática que precisa ser compartilhada porque não é apenas nossa, é do Estado, e todos poderão contribuir”, justificou o advogado.

A Equinócio Hospitalar é uma empresa amapaense que atua há 15 anos no mercado, e é responsável por 80% dos produtos hospitalares fornecidos para as redes pública e privada.

Agora, a empresa terá que demonstrar no processo tudo o que disse na reunião.

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