Lotado, São Camilo tem pedidos para atender pacientes de fora

Hospital estuda também restringir atendimento particular
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Por SELES NAFES

O maior hospital privado do Amapá, o São Camilo e São Luís, em Macapá, vive um desafio parecido ou maior que o enfrentado pela rede pública em meio à pandemia. Sem a mesma capacidade de articulação política do poder público, o hospital precisa driblar preços altos, lidar com a logística dos fretes, atender o crescimento de internações e ainda avaliar pedidos de transferência de pacientes de outros estados.

Atualmente, 130 pessoas estão internadas no hospital com problemas respiratórios, entre positivos e suspeitos para a covid-19.

“Geralmente o fluxo de tratamento é o mesmo para pacientes confirmados ou com suspeita: mesmos medicamentos respeitando o isolamento deles. Mas é a equipe médica quem define dependendo da gravidade”, explica o diretor-administrativo do São Camilo, Alcedir Rigelli.

A grande maioria dos pacientes já atendidos conseguiu se recuperar, mas quatro infectados com covid-19 não resistiram à doença.

Além da demanda interna, normalmente o hospital sempre recebeu pedidos de transferência de pacientes de outros estados atendidos pela rede São Camilo, mas nos últimos dias houve aumento considerável das solicitações até de outras unidades.

No início da pandemia, três pacientes em estado grave chegaram a ser transferidos em UTIs aéreas vindos de Belém, onde há colapso na capacidade de internações intensivas.

“Atualmente temos mais cinco pedidos, mas não estamos atendendo por conta do estrangulamento. (…) Quando eu amplio os leitos, eu preciso de insumos e medicamentos, o que virou um problema seríssimo. Preços absurdamente altos, e ainda tem o problema de fazer chegar no Amapá”, revela Rigelli.

“O que custava R$ 1 hoje custa R$ 50”, resume.

Logística de transporte é um dos principais desafios. Foto: Seles Nafes/Arquivo SN

Hospital tem 130 internados, entre suspeitos e confirmados com a covid

Neste momento, por exemplo, um carregamento de insumos que já era para ter chegado em Macapá teve o voo desviado para o Recife (PE), ainda sem previsão de chegar ao Amapá.

No caso da rede pública, o envio está sendo resolvido com articulação política que envolve até o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

“O consumo é muito alto. Eram produtos que tínhamos em uma quantidade sempre grande que dava para 90 dias, mas agora são usados em 3 ou 4 dias”.  

“Estamos conseguindo gerenciar os pacientes. Não temos ninguém aguardando atendimento, mesmo depois de um fim de semana e início da semana onde tivemos muitos casos. Mas estamos estudando restringir o atendimento particular”.

O Portal SelesNafes.Com também ouviu a Unimed Fama, mas a cooperativa informou que não recebeu nenhum pedido para internar pacientes de outros estados. 

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