Padrasto acusado por enteado quebra silêncio: “lobo em pele de cordeiro”

Raylan foi assassinado depois de dizer que estava sendo ameaçado por denunciar o padrasto por crime sexual. Padrasto nega acusações
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Por RODRIGO ÍNDIO

“Condenado” nas redes sociais onde é acusado de envolvimento na morte Raylan Jackson Souza Cachiado, de 23 anos, assassinado a tiros no último dia 17 no quintal de sua casa, o padrasto da vítima, Emerson de Oliveira Melo, de 41 anos, decidiu quebrar o silêncio com exclusividade ao Portal SelesNafes.Com, com a condição de não mostrar o rosto por motivos de segurança.

Dias antes do crime, Raylan tinha postado no Facebook denúncia sobre uma suposta tentativa de estupro na qual o padrasto seria o principal suspeito. Segundo relatos de testemunhas, após a postagem, Raylan teria revelado que estava sendo ameaçado de morte.

O Portal SN apurou que a acusação provocou crises na família, e acirrou ainda mais o conturbado relacionamento entre padrasto e enteado. A animosidade entre os dois era tanta que na entrevista Emerson descreveu Raylan Cachiado como “lobo em pele de cordeiro”.

“Ele [Raylan] era uma pessoa de má índole, já tinha mandado me dar dois tiros, tomar minha moto, tava me ameaçando de morte. Registrei boletim de ocorrência, a polícia me deu apoio. Ele era usuário de drogas, queria que eu desse dinheiro para ele, me afastei e disse que não daria mais dinheiro para ele”, assegurou.

Emerson encaminhou ao Portal SN vários áudios que teriam sido enviados por Raylan. Neles, o enteado exigia dinheiro para comprar drogas e fazia ameaças. Ouça.  

A voz bate com a de outro áudio confirmado por sendo de Raylan, e que circulou muito nos grupos de WhatsApp logo após a morte dele. Outro áudio seria da mãe da suposta vítima de estupro desmentindo Raylan e o suposto crime sexual.

O padrasto afirmou ainda que precisou sair de sua casa com a esposa, a mãe de Raylan. Por isto, o enteado teria prometido se vingar, segundo o padrasto. 

Sobre a acusação da suposta tentativa de estupro que teria ocorrido há alguns anos, o padrasto falou que tudo não passa de um boato criado por Raylan.

“A própria pessoa que era a suposta vítima tá relatando que não existiu isso. Esse fato que ele relatou que eu fui com meus parentes lá para matar ele, isso não procede, é mentira. Ele criou isso aí, criou fake, criou tudo”, garantiu Emerson.

De acordo com o padrasto, após ameaças no Whatsapp, ele bloqueou o enteado, que decidiu, então, ir para outras redes sociais denegrir sua imagem.

“A vontade dele era só me ferrar. No dia que ele criou esse fake, não vou mentir, fiquei irritado fui até a residência, mas não fui com arma de fogo e nem parente. Fui com raiva para discutir e brigar, ele pulou o muro, saiu e inventou que eu tinha ido com parentes”, afirmou.

No post, Raylan é alertado por amigos sobre a gravidade da acusação, mas manteve a postagem. Foto: Divulgação

Emerson disse ter testemunhas, provas e que já se apresentou à polícia. Afirmou que vai provar sua inocência. Ele acredita que alguém se aproveitou da situação de conflito entre os dois para cometer o crime.

“Estamos juntando todo o material. Se Deus quiser, a gente vai elucidar esse caso. Queria que toda a sociedade amapaense soubesse da verdade, porque a verdade não está à tona. Tudo o que estou falando tenho provas, sou inocente, estou pagando por ato que eu não deveria estar pagando, nas redes sociais, é claro”, comentou.

O padrasto finalizou sua versão informado que já haviam invadido a casa de Raylan para supostamente cobrar dívidas de drogas.

Emerson prestou depoimento no último dia 19 na Delegacia de Homicídios para o delegado Wellington Ferraz. As investigações continuam.  

Seles Nafes
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