Por OLHO DE BOTO
O açougueiro Daniel Correa da Costa Filho, de 45 anos, foi morto a tiros na noite desta quinta-feira (4), numa ação criminosa que a polícia acredita ter possíveis motivos passionais, de acordo com as primeiras informações.
O homicídio aconteceu por volta de 22h, dentro do carro da vítima, que estava estacionado na Rua Piquiá, no bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá.
O delegado Welligton Ferraz, da Delegacia Especializada em Crimes contra a Pessoa (Decipe), assumiu o caso.
De acordo com ele, a vítima estava distraída dentro do seu carro, um gol de corpo branca, conversando com a companheira, quando um veículo de cor preta – mas modelo não identificado – foi posicionado de frente, com a luz alta, atrapalhando a visão das vítimas.
Do banco do passageiro do suspeito teria descido o atirador. Ele caminhou até o casal, que estava no banco de trás, mandou a mulher sair do carro, e, em seguida, começou a disparar no açougueiro. Atingido por três tiros, Daniel Filho morreu na hora. O delegado Ferraz explicou a dinâmica do crime.
“Pelo que apuramos, foram 3 disparos: dois que acertaram a janela do carro e o ombro da vítima, em seguida o infrator rodeia o veículo, impedindo que a vítima fuja, e faz um terceiro disparo, que atingiu a cabeça da vítima”, explicou o delegado.
A mulher não foi ferida. Quando os tiros começaram, ela correu e se abrigou na casa dos pais, localizada nas proximidades do local do crime. Depois, se apresentou aos investigadores da Decipe.
O homicídio teria sido praticado por dois homens: um que efetuou os disparos e o outro que conduzia o carro preto, usado na chegada e na fuga dos assassinos.
Apesar das circunstâncias iniciais encenarem um possível assalto ou acerto de contas, a polícia acredita em motivação passional. Isto porque o motorista do carro utilizado pelos autores do homicídio teria sido reconhecido como o ex-marido da namorada do açougueiro morto, segundo a polícia. Identificado como Fagner Batista Rocha, o acusado está sendo procurado.
Segundo Ferraz, as investigações iniciais apontam que Fagner não aceitava o fim do relacionamento, ocorrido há cerca de 3 meses. Desde então, vinha perseguindo e ameaçando a ex-esposa.
Depois que o nome de Fagner surgiu na cena do crime, uma equipe do 2º Batalhão da PM, comandada pelo tenente Adriano Almeida, foi até a casa do suspeito, no conjunto Macapaba, habitacional vizinho ao bairro onde ocorreu o homicídio. Mas o acusado não foi encontrado. De lá, ele teria fugido em uma motocicleta de cor prata.
“O suspeito vestia uma blusa vermelha. Pelo que apuramos, a moto é de propriedade dele mesmo. Fomos a alguns possíveis locais que ele poderia tentar se esconder, mas não o encontramos”, informou o oficial do 2º Batalhão.