Aos 67 anos, morre Papaléo Paes

O médico e ex-vice governador estava internado há mais de uma semana. Foto: Cássia Lima/Arquivo SN
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Por SELES NAFES

O ex-vice-governador do Amapá, João Bosco Papaléo Paes, de 67 anos, morreu no fim da noite desta quinta-feira (25), na UTI no Hospital São Camilo, em Macapá, onde apresentou uma infecção generalizada provocada pela covid-19. Segundo amigos mais próximos, o corpo dele será sepultado em Belém ainda hoje (26).

Papaléo, que era médico cardiologista, estava internado havia mais de uma semana em estado grave. O início do tratamento foi no hospital da Unimed, mas depois ele precisou ser transferido para o São Camilo.

Papaléo foi prefeito de Macapá entre 1993 e 1996, numa eleição vencida contra Murilo Pinheiro, candidato apoiado pelo então poderoso governador Anníbal Barcellos.

Foi senador da República, entre 2003 e 2010, e vice-governador do Amapá no terceiro mandato de Waldez Góes (PDT).

Os dois romperam durante os bastidores da negociação da chapa de Waldez quando este concorreria ao quarto mandato, em 2018. Por conta desse episódio, Papaléo foi o primeiro político da história do Amapá a renunciar ao cargo de vice-governador.

Depois de ter governado Macapá até 1996, Papaléo voltou a ocupar mandato no Senado em 2003. Foto: Agência Senado

Como prefeito, entre as obras construídas está o Complexo Beira-Rio, obra que causou grande impacto visual e econômico ao transformar por completo a orla de Macapá.

Conhecido pela honestidade, Papaléo Paes nunca foi acusado de crimes corrupção, mesmo tendo militado na política por quase três décadas. No entanto, também era conhecido pelo temperamento forte no relacionamento com os próprios políticos que o cercavam.

Autoridades como o governador Waldez Góes, o senador Lucas Barreto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), lamentaram a morte de Papaléo.

“Uma partida repentina que comove a todos que conheciam a gentileza de um homem cujo olhar sempre foi generoso e que fez do amor ao próximo a sua própria profissão. Sempre trabalhou pelo Amapá com afinco e compromisso”, disse Davi.

“Um grande médico, político e amigo, um exemplo para todos nós. Não há palavras para definir tamanho perda. Que Deus conforte seus familiares e amigos”, comentou Lucas Barreto.

Papaléo e Waldez romperam durante a campanha de 2018

Papaléo lendo sua carta de renúncia no dia 8 de agosto de 2018. Foto: Seles Nafes

O governo do Amapá cedeu um avião para levar o corpo de Papaléo até Belém, onde será sepultado ao lado da mãe. Antes, no entanto, ainda pela manhã, o cortejo fará paradas em frente ao Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), Palácio do Setentrião e Residência Oficial, onde estava funcionando a vice-governadoria durante o último mandato dele.

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