Candidaturas laranjas e empresas desviaram R$ 530 mil, diz PF

PF cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em empresas e na sede do MDB
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Policiais federais estão cumprindo mandados de busca e apreensão em Macapá, nesta terça-feira (16), numa operação que investiga o desvio de dinheiro de financiamentos públicos de campanha nas eleições de 2018. De acordo com a PF, o esquema teria usado empresas e candidatos “laranjas”.

O Portal SelesNafes.Com apura os nomes dos candidatos e partidos investigados. Até agora, o SN confirmou que um dos mandados foi cumprido na sede do diretório regional do MDB, no bairro Santa Rita. Outro mandado foi cumprido uma empresa de publicidade visual. 

A Operação Desviocracia apura desvio de dinheiro dos fundos partidário e eleitoral, num total de R$ 530 mil. As investigações começaram a partir de irregularidades apontadas pelo Ministério Público Eleitoral.

O esquema funcionou de duas formas: na primeira, partidos teriam lançado candidaturas femininas que na verdade eram fictícias, com o objetivo de atingir a cota de gênero e, assim, receber mais verba pública dos dois fundos.

Em outra situação, empresas teriam sido contratadas para atuar nas campanhas, mas, na verdade, receberam por serviços que não foram feitos.

Policiais cumpriram um dos mandados na sede do MDB. Fotos: PF/Divulgação

Empresas não teriam prestado serviços de fato

“(…) Indicando direcionamento deliberado dos recursos públicos ao financiamento de outras campanhas eleitorais”, anotou a PF.

Sem mencionar nomes, a Polícia Federal afirma que o esquema desviou R$ 530 mil para beneficiar três candidaturas que tiveram poucos votos, o que fortalece a tese de candidaturas que não eram para valer, as chamadas laranjas.  

“Esse valor representa aproximadamente 34% do total recebido pelo partido político, o que evidencia a incompatibilidade na distribuição dos recursos recebidos”.

Mais de 40 policiais estão dando cumprimento a 15 mandados na Operação Desviocracia nas cidades de Macapá e Mazagão. As ordens foram expedidas pela 2ª Zona Eleitoral do Amapá.

Os crimes investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita eleitoral.

Seles Nafes
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