Comércio: queda de vendas bate recorde no Amapá, diz IBGE

A queda também atingiu as concessionárias de veículos em abril e maio
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Por SELES NAFES

O abril foi o pior mês do comércio do Amapá nos últimos 20 anos, afirmou o IBGE nesta quarta-feira (17). No varejo, a redução atingiu 33,7% com a suspensão de atividades econômicas por conta da pandemia.

O resultado é o pior desde janeiro de 2000, quando o IBGE iniciou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Em março, o instituto já tinha observado um recuo de 11,4% nas vendas.

No chamado “comércio varejista ampliado”, que inclui venda de veículos, peças e materiais de construção, o resultado de abril não foi muito diferente: 31,6% na comparação com março. Já na comparação com abril do ano passado, a queda foi de 41,4%.

Na comparação com os piores resultados anteriores, abril foi preocupante. Em relação a novembro de 2014, quando tinha ocorrido a pior queda, a diferença foi de 58% abaixo do nível/recorde, e de 61% abaixo do nível alcançado em dezembro de 2012.

A Federação Nacional de Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave) acompanhou a divulgação, e diz que os números não correspondem à realidade atual.

“Em abril houve vendas, mas o Detran estava paralisado e não fez emplacamentos. Em maio voltou a fazer, mas com o reflexo do movimento em abril”, explicou o diretor da Fenabrave, Otaciano Júnior.

Otaciano Júnior, diretor da Fenabrave: 60% de queda em dois meses. Foto: Seles Nafes/Arquivo SN

No entanto, a federação admite que a queda nas vendas pode ser sido maior do que o medido pelo IBGE.

“Acreditamos que juntando abril e maio a queda foi de 60%”, disse ele.

As concessionárias e revendas de veículos estão entre as atividades que tiveram as atividades liberadas por decreto municipal, na terça-feira (16), e voltaram a fazer o atendimento presencial, desde que haja o agendamento.

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