Deputado defende federalização do Porto de Santana

Assunto foi discutido durante o Fórum Brasil Export
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Apesar da privilegiada posição geográfica, o Amapá ainda não é protagonista no escoamento das exportações brasileiras. Durante o Fórum Brasil Export, evento anual especializado no setor portuário, o deputado federal Luiz Carlos (PSDB-AP) defendeu mudanças no modelo de gestão da área portuária de Santana.

O Fórum Brasil Export foi realizado por videoconferência na última quarta-feira (3). O objetivo era abordar as potencialidades da região e os desafios nas conexões do Amapá com o setor produtivo do país. 

Para o deputado, é preciso federalizar a administração portuária do Amapá, que há mais de uma década é conduzida pelas gestões municipais de Santana, justamente o contrário do que ocorre em outros importantes portos do Brasil.

No Porto de Itajaí (SC), por exemplo, o Governo Federal tem feito parcerias com a iniciativa privada num programa de concessões de uso de terminais do porto, como o de graneis sólidos (MCP02).

Luiz Carlos revelou que articula a criação de um “hub logístico” (porto) específico para o setor mineral. Para isso, ele deixou claro que é necessário haver plano macroestratégico para todo o setor, com adoção de instrumentos que fomentem o desenvolvimento do Amapá, que é apenas a terceira menor economia do Brasil com somente 16 municípios.

Navio passando pelo Canal do Panamá: Amapá é o caminho mais rápido. Foto: Seles Nafes

Maior capacidade

No entanto, o deputado lembrou um avanço recente na área portuária de Santana, a possibilidade de entrada de navios com até 290 metros (antes limitados em 203 metros). Com isso, foi possível aumentar em até 50% a capacidade de carga dos navios que entram pela Barra Norte.

A mudança só foi possível após a sondagem da empresa de praticagem que atua na região com anuência da Marinha Brasileira. A praticagem é liderada no Amapá pelo presidente do Conselho Norte Export, Ricardo Falcão, que também participou a videoconferência.

Após sondagem, navios maiores passaram a entrar na Barra Norte. Foto: Seles Nafes/Arquivo SN

Executivos do setor no fórum realizado por videoconferência. Foto: Divulgação

O deputado Luiz Carlos lembrou que a localização geográfica do Amapá oferece “uma competitiva opção ao mercado de rotas de transporte marítimo que passem pelo Canal do Panamá ou que tenham a Europa como destino”.

A fronteira com a Guiana Francesa também favorece uma ligação mais rápida e com custos menores com o continente europeu, “já que o território vizinho não tem um complexo portuário que possa atender a grandes embarcações”.

O deputado acompanha a negociação de um acordo bilateral entre os governos do Amapá e da Guiana com o objetivo de fazer as cargas transitarem livremente na fronteira, o que vai gerar emprego e várias atividades econômicas paralelas.

Seles Nafes
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