Família de jovem morto no trânsito cobra julgamento de policial

Colisão que resultou na morte de José Felipe Vales Cunha ocorreu no bairro Pacoval, em Macapá, em setembro de 2019.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A família de José Felipe Vales Cunha, que perdeu a vida em uma colisão de trânsito no dia 14 de setembro de 2019 cobra o andamento do processo criminal e o julgamento de Elderson Peres Trajano de Souza, acusado de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) por ter provocado o acidente.

A morte de Felipe Vales mobilizou muitos amigos, que fizeram grande repercussão nas redes sociais à época. Ele era estudante de Direito.

No dia do acidente, conduzia uma motocicleta, por volta de 23h, na Avenida Rio Grande do Norte, no bairro do Pacoval, zona norte de Macapá. Ao passar pelo cruzamento da Rua Mato Grosso, colidiu com o carro que era conduzido por Elderson, sargento da Polícia Militar do Amapá.

Acidente ocorreu por volta de 23h, na Avenida Rio Grande do Norte, no bairro do Pacoval. Fotos: Divulgação

O Ministério Público (MP) afirma que o acusado teria avançado o sinal vermelho, sendo, portanto, o culpado pelo acidente. Além disso, o MP acusa o sargento de ter fugido do local sem prestar socorro ao estudante.

“Com a colisão, a vítima José Felipe Vales da Cunha caiu sobre a pista e sofreu e sofreu lesões corporais graves, enquanto o denunciado evadiu-se do local sem prestar o devido socorro à vítima, com a intenção ainda de fugir à responsabilidade civil ou criminal que pudesse lhe ser atribuída”, diz trecho da acusação assinado pelo promotor Vinícius Mendonça Carvalho.

O advogado assistente de acusação, Osny Brito, diz que gravações de câmeras de videomonitoramento provam que o sargento avançou o sinal. Além disso, a acusação tem duas testemunhas que confirmam a versão da promotoria.

Representando a família da vítima, o advogado enfatizou que a Justiça tem que ser igual para todos. Ele também pede celeridade no andamento do processo.

Osny Brito: “Ninguém vai se esconder atrás da farda”

“No vídeo fica bem claro: todo mundo parando e ele [o policial] seguindo. Outro, mostra o sinal fechado. Ele avança. Há a colisão. Ele [Elderson] dá a marcha à ré e foge. A família pede justiça por Felipe. Ele [Elderson] é policial militar, deveria prestar socorro e sequer ligou para emergência. Ninguém vai se esconder atrás da farda e não importa quem seja, ninguém está acima da lei. A família só quer que ele pague pelo crime que cometeu”, declarou Osny Brito.

Defesa

Em depoimento, o acusado negou ter avançado o sinal vermelho. Alegou ter fugido porque estava com medo de sofrer agressões – teria sido, inclusive, seguido até sua residência.

Ele também alega, momentos depois do acidente, ter se apresentado voluntariamente em uma delegacia.

A reportagem do Portal SelesNafes.com não conseguiu contato com o acusado, nem com sua defesa, mas está com espaço aberto para apresentar a sua versão dos fatos.

Seles Nafes
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