Quando não está na linha de frente contra a covid-19, Luana Mendonça usa as horas de folga para acolher e alimentar pessoas de rua em Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO
Não é de hoje que a profissional da saúde Luana Mendonça, de 40 anos, busca ajudar pessoas necessitadas. Em plena pandemia com grande risco de contaminação pelo novo coronavírus, ela decidiu acolher os moradores em situação de rua com alimento e abrigo.
A ação busca levar não somente comida, mas também dignidade para essas pessoas, que ganham com ela banho, roupas novas e até cortes de cabelo. O projeto visa contemplar os que vivem esquecidos em Macapá neste momento delicado.
Luana Mendonça aproveita as folgas para…
…distribuir alimentos e…
… levar cuidados de saúde para pessoas que vivem nas ruas. Fotos: Arquivo/Pessoal
A técnica em enfermagem conta que decidiu retomar essa atividade durante um plantão onde viu a necessidade de quem “mora” na calçada do Hospital de Emergência de Macapá.
Sopões e diversos alimentos são produzidos e distribuídos com o apoio de amigos que se uniram a corrente do bem. A distribuição móvel é feita em toda a cidade de Macapá.
Sempre que pode, Luana Mendonça também leva a ação para outras unidades de saúde que estão tratando de pacientes com a covid-19 e aonde há grande demanda de acompanhantes sem se alimentar.
Luana também oferece refeições para…
… outros profisionais que atuam em unidades de saúde e…
… na linha de frente contra o coronavírus
Preocupada com os riscos das ruas, Luana disponibilizou sua casa [que estava para venda] no bairro Ipê, na zona norte de Macapá, para acolher essas pessoas nesse período de pandemia.
Ela detalhou que oferece alimento para dependentes químicos e pessoas com problemas psiquiátricos, mas, infelizmente, não tem como abrigá-los, por não ter condições e competência profissional para acolhê-los.
Pessoas com transtornos também recebem…
… a atenção de Luana
“Estou querendo ajudar pessoas que querem uma segunda chance, sim. Mas, nesse casos, não cabe a mim. É um ‘mini apoio’ para as pessoas que precisam de um lar, não é uma casa de apoio, é uma forma de ajudar nesse período. Servirá também para as pessoas que precisam tomar um banho, já que sofrem muito preconceito pelas condições em que andam”, comentou.
Os resgates estão prestes a iniciar, contudo, ainda falta apoio para o projeto. Ainda assim ela nem pensa em desistir. Ela pede a colaboração da sociedade com doações de alimento, produtos de higiene, redes, fogão, geladeira e outros materiais.
Ela prepara as marmitas…
… transporta até os locais…
… e doa para acompanhantes de pacientes
“O que puderem ajudar, é bem-vindo. Lembrando que não é obrigação, se puder ajudar, que seja de coração. Com o pouco que você tem e o que você sente dentro de você, você pode fazer o bem”, ensinou a técnica em enfermagem.
Quem tiver interesse em ajudar pode entrar em contato com Luana Mendonça pelo número (96) 99907-1979 (Ligação/Whatsapp).
