Por RODRIGO ÍNDIO
As obras de urbanização da Rua Claudomiro de Moraes, que vão do Bairro Novo Buritizal ao Bairro Congós, na zona sul de Macapá, começaram a gerar impaciência na população. A reclamação é sobre lentidão no serviço e transtornos para quem reside ou transita pelo local.
O secretário de Obras de Macapá, David Covre, conversou com reportagem sobre o andamento da obra, considerada uma das mais importantes para a mobilidade urbana entre a zona sul e o Centro da capital. Covre garantiu um prazo de conclusão dos serviços. CONFIRA:
O cenário é realmente de canteiro de obras na Claudomiro de Moraes. Há água acumulada, lama e diversos buracos nas vias. Manilhas, terra e muito lixo também podem ser vistos em alguns trechos do canteiro central. Trabalhadores estão fazendo a bloquetagem das calçadas no sentido Congós/Buritizal.
O portal SelesNafes.com foi ao local na manhã desta quarta-feira (22). Na área onde o serviço ainda não chegou, a reportagem flagrou dona Laurentina Picanço, de 82 anos, se segurando em grades para não cair – já que a calçada está toda destruída.
“Fui ali comprar um remédio. Isso aqui é uma dor de cabeça pra nós, meu filho, isso aí é de anos. Parece que agora vai ser resolvido. Mas um dia a gente vê a obra andando, outro não. Porque não segue o trabalho até acabar? Olha isso é muito perigoso e angustiante pra gente que é idoso. Por favor, concluam isso aqui”, questionou a idosa.
Um comerciante que trabalha há mais de 10 anos no local – que não quis se identificar, alegando medo de represálias –, reclamou que a poeira invade residências e estabelecimentos a todo momento.
“Venha você respirar poeira todo santo dia sabendo que a obra não anda. Sei que é preciso paciência, mas é complicado. Aqui, a gente limpa de 5 a 10 vezes ao dia os produtos, já que também trabalhamos com venda de comida, até a freguesia caiu. É complicado”, desabafou.
O ciclista José Carvalho, de 55 anos, transita pela via todos os dias para ir ao trabalho. O vigilante “tem fé” que apesar da demora o serviço deve sair.
“Esse tipo de serviço precisa ter calma para fazer, para depois não refazer. Cara, sei que tá caminhando devagar, mas logo fica pronto. Não sei se é problema financeiro ou por conta da chuva. Mas fazer o quê? Tem que esperar. Mas prefeitura precisa dar um retorno sim pra nós”, opinou.
Obra
Com início em novembro de 2019, a obra tem prazo de execução de 10 meses. O serviço engloba além da pavimentação asfáltica, a remodelação do canteiro central, calçadas e ciclovias.
Para o projeto são R$ 43 milhões de uma linha de crédito da Caixa Econômica Federal, via Ministério das Cidades, somados a mais R$ 6 milhões do Tesouro do Município.