Com músicos vendendo instrumentos, deputada avalia injeção de ânimo na cultura

Aprovação de lei garante R$ 23 milhões para o setor cultural no Amapá
Compartilhamentos

Por FERNANDO SANTOS, Santana

Sancionada no início da semana, a Lei de Emergência Cultural (Aldir Blanck) vai ajudar a aquecer o setor cultural de todo o país. Somente o Estado do Amapá vai receber cerca de R$ 23 milhões. Encabeçada pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), a iniciativa teve apoio da deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP), que chegou a realizar uma plenária virtual com diversos artistas amapaenses. O momento foi para tirar dúvidas sobre o processo.

“Estão de parabéns pela grande mobilização. E aqui no Amapá, a gente conseguiu ter um acesso amplo sobre todo esse processo através das reuniões virtuais. A ajuda que está vindo, vai matar a fome de muitos artistas locais”, explicou Roberto Guedes, militante da cultura santanense.

Todos os municípios amapaenses serão beneficiados. E no setor cultural, toda a cadeia produtiva da arte, literatura, teatro, dança e música será atendida.

No teatro, por exemplo, poderá ser beneficiado desde o autor, ator, iluminador, sonoplasta ao diretor. A capital do Amapá, Macapá, é quem vai receber a maior parcela, cerca de R$ 3,7 milhões.

“Foi uma vitória dos artistas. Agora deixo o mandato à disposição para quem tem dúvida de como acessar esse direito garantido pela Lei”, adiantou a Professora Marcivânia.

Plenária com artistas: situação dramática sem trabalho

“Considerando que esses recursos são para atender os impactos da pandemia, nós vamos ter que fazer um mutirão envolvendo vários órgãos. Agora, a maior dificuldade será o cadastramento para saber quantos e quem são os artistas que terão o direito de receber. Serão criados comitês a nível estadual e municipal para o acompanhamento e implantação da lei”, informou João Porfírio, presidente da Federação Amapaense de Teatro Amador.

Porfirio diz ainda que a ajuda chega num momento em que músicos estão vendendo seus instrumentos.

“Tem músico vendendo seu violão, teclado por não ter como trabalhar. Então esse é um momento muito importante de unidade para que possamos buscar aqueles trabalhadores artistas que nunca foram num balcão de governo pedir nada. Agora é hora de ajudar eles”, concluiu Porfirio.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!