Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Um dos principais cartões postais da cidade e parte da história de Macapá, o Trapiche Eliezer Levy, localizado na orla do Rio Amazonas, segue fechado e sem nenhuma previsão de recuperação ou prazo para a reabertura. O local está em posse de uma empresa, mas não recebe visitações desde 2018, quando foi reaberto e fechado logo em seguida.
Um plano para aumentar o comprimento atual do trapiche em mais 100 metros, igualando à metragem que ele tinha originalmente, chegou a ser anunciado publicamente, mas nenhuma providência neste sentido foi concretizada.
Novamente procurada, a Secretaria de Turismo (Setur) informou que a empresa que tinha a cessão do espaço não foi notificada do final do contrato e que estas questões ainda estão sendo resolvidas na Procuradoria Geral do Estado (PGE). O endereço da empresa não teria sido encontrado.
Sem este rito legal e burocrático, afirma o órgão, é impossível fazer a reintegração de posse ao Estado do Amapá, bem como a revitalização e a entrega do espaço de volta à população.
Desta vez, a reportagem esteve no local e verificou a presença de vigilância no Trapiche, que acabou não permitindo a entrada para a captura de imagens. Pode-se perceber, de longe, o destelhamento parcial do espaço que um dia já foi um restaurante, na ponta do trapiche.
Outro aspecto que não mudou e que já foi reportado algumas vezes pelo Portal SN é o buraco no embaixo e no início do trapiche, que continua servindo de guarida para dormitório e espaço de utilização de drogas.
A Setur garantiu que, nas próximas semanas, a empresa será notificada e o processo terá andamento, mas não pode informar uma data ou prazo para que os trabalhos, de fato, tenham sequência.