Relatório da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), órgão estadual, sobre a malária nos municípios amapaenses mostra que a doença recuou 67% no Estado neste primeiro semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Entre 1° de janeiro e 30 de junho deste ano, foram registrados 1.526 casos. Em 2019, o registro foi de 4.665 casos.
O único município com aumento foi Ferreira Gomes, no centro-oeste do estado. Entretanto, ainda assim, com apenas um caso a mais em relação ao ano anterior.
Os 1.526 casos da doença foram distribuídos nos seguintes segmentos: 48,4% na área rural; seguidos da área indígena com 29%; área urbana 10%; assentamentos 6,7%; e áreas de garimpo 5,8%.
Porém, se comparado com o ano de 2019, todas as categorias apresentaram redução, sendo a mais expressiva na área urbana com 79,5% de casos a menos. Em números reais a área urbana, em 2019, teve 735 casos e em 2020 ocorreram apenas 151.

Prevenção: mais de 50 mil mosquiteiros foram instalados este ano em áreas rurais, segundo a SVS. Fotos: Ascom/SVS
A forma mais grave da doença, a malária falciparum, também teve significativa redução, aparecendo com 69%. A malária vivax reduziu 67% e os casos mistos, em que se apresentam os dois tipos de plasmódio, reduziram 52%.
O município de Oiapoque foi o único que teve aumento de malária falciparum, em 2019 houve 4 casos e em 2015 registraram-se 5.
Outro dado apresentado é a faixa etária com maior incidência. Pessoas entre 10 e 19 anos de idade, com 227 casos masculinos e 147 casos femininos.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Dorinaldo Malafaia, os dados refletem que a estratégia de distribuição de mosquiteiros impregnados funcionou.
“Estamos combatendo de forma correta a malária e agora seguimos intensificando essas ações”, frisou Malafaia.
Segundo ele, a SVS já solicitou ao Ministério da Saúde 127.000 unidades de mosquiteiros impregnados com inseticida.