Por RODRIGO ÍNDIO
Um policial civil em estágio probatório foi preso em flagrante acusado de cometer feminicídio contra sua namorada na madrugada desta quarta-feira (8), em Macapá. O caso ocorreu por volta de 2h na Rua Lua, no Bairro Jardim Marco Zero, zona sul da capital.
Segundo a Polícia Militar, o casal estava na festa de aniversário da nora da vítima quando decidiu sair da casa onde ocorria a comemoração e conversar dentro de um veículo estacionado em frente ao imóvel.
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Leandro ficou ferido no braço, por um tiro, após luta corporal com o filho da vítima. Fotos: Reprodução
Um desentendimento entre o policial Leandro da Silva Freitas, de 29 anos, e Ana Kátia Almeida da Silva, de 46 anos, teria ocorrido antes do crime, apontam os primeiros relatos de testemunhas dados a policiais militares que atenderam a ocorrência. Dona de uma empresa de buffet, Ana Kátia foi morta com um tiro nas costas.
Ainda de acordo com relatos repassados à PM, o filho dela, esposo da aniversariante, teria visto a mãe ferida e teria travado luta corporal com Leandro. O policial recém-formado foi baleado no ombro. Quando uma equipe do 1° Batalhão chegou ao local, Leandro estava jogado em uma calçada – embriagado, segundo testemunhas.
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Leandro da Silva Freitas era policial civil..
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… recém-formado pela academia de polícia e estava ainda em estágio probatório
O policial foi escoltado para o Hospital de Emergência de Macapá. Ana Kátia foi levada para a UPA da zona sul, próximo de onde ocorreu o crime, onde faleceu.
Segundo o delegado-geral de Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes, Leandro da Silva foi preso em flagrante. Após ser liberado do HE, foi autuado por feminicídio. Até as 9h30min desta quarta-feira (8), ele aguardava audiência de custódia.
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Dona de um buffet, Ana Kátia foi morta com um tiro nas costas
Neste procedimento, o juiz pode converter o flagrante em prisão preventiva. Se isto ocorrer, Leandro deverá ser encaminhado à penitenciária do Amapá.
“Já determinei à nossa corregedora para instaurar agora pela manhã a cópia de bojo flagrancial e mandar para eu instaurar processo administrativo em decorrência do fato grave do feminicídio de forma qualificada que não possibilitou a defesa da vítima e por ele estar em estágio probatório (…) É quase que certa, a gente não pode se antecipar, que a punição será a expulsão”, detalhou o delegado Geral.
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Uberlândio Gomes disse que vai instaurar “processo administrativo em decorrência do fato grave do feminicídio de forma qualificada que não possibilitou a defesa da vítima e por ele estar em estágio probatório”. Foto: Arquivo/SN
O policial civil Leandro da Silva iria completar dois anos na corporação em agosto. Atualmente, estava lotado na cidade de Porto Grande, a 102 km de Macapá.
O portal SelesNafes.com continua acompanhando o caso. Segundo uma fonte ligada à família da vítima, Kátia e Leandro haviam assumido o relacionamento amoroso há poucos dias.