Por LEONARDO MELO
O secretário de saúde do Amapá, Juan Mendes, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Pereira, receberam a imprensa no Hospital de Santana para dar informações sobre o sinistro ocorrido na manhã desta quinta-feira (27). A unidade ficará fechada, inicialmente, de três a cinco dias.
A medida foi tomada para que se avalie a estrutura do prédio e se mantenha o isolamento para as investigações que irão apontar as causas do evento.
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Secretário de saúde Juan Mendes e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Pereira, receberam a imprensa no Hospital de Santana para dar informações sobre o sinistro. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN e Divulgação
O sinistro, tratado como “princípio de incêndio” pelo Governo do Estado do Amapá (GEA), teve suas consequências minimizadas pela ação dos próprios funcionários do hospital, que operaram extintores, debelaram o fogo e retiraram os pacientes.
Um funcionário terceirizado, que sofreu queimaduras de primeiro grau em um dos braços, e outros funcionários, como técnicos, enfermeiros e médicos, que atuaram antes da chegada dos bombeiros, tiveram uma ação considerada heroica pelo comandante.
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Fumaça se espalhou rapidamente por todo o hospital
Atendimento aos pacientes de Santana
Com o fechamento, os atendimentos de urgência e emergência para os cidadãos santanenses serão realizados no Centro de Reabilitação do Município de Santana, estrutura que a Prefeitura Municipal de Santana (PMS) cedeu para abrigar o atendimento.
O centro fica dentro complexo hospitalar onde está localizado o Hospital de Santana, na Rua Salvador Diniz, no Bairro Central.
Outra estrutura, o Centro de Covid 3, que também funciona ao lado do Hospital de Santana, também teve uma ala isolada para pacientes comuns, que não estão com covid-19, com a devida segurança e desinfeção do local.
“Vamos contingenciar o Centro de Reabilitação para o atendimento de urgência, inclusive com a internação pediátrica, e aqui nós temos uma grande incidência de pacientes pediátricos, inclusive, estávamos com 15 pela manhã e já estamos com 27 crianças lá. Os pacientes que necessitarem de internação, serão encaminhados para Macapá e também utilizando o Centro Covid 3, que hoje o estamos transformando em Centro de Apoio ao Hospital de Santana”, declarou o secretário Juan Mendes.
Causas do incêndio
O incêndio ou princípio de incêndio começou em um compartimento que os trabalhadores de saúde denominam de “sala vermelha”, utilizada para a estabilização de pacientes. Segundo Juan, as instalações elétricas deste espaço tinham passado por manutenção há cerca de dois anos.
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Corpo de Bombeiros fechou unidade para investigar as causas do princípio de incêndio. Fotos: Rodrigo Índio/SN
Equipes da Secretaria de Infraestrutura (Seinf) estiveram no local para avaliar toda a instalação elétrica, assim como equipes da Polícia Técnico-Científica (Politec) – praxe para que se descarte qualquer possibilidade de incêndio criminoso.
Entretanto, a linha de investigação mais forte passa por um problema elétrico, um curto circuito. O prazo máximo para a entrega do laudo é de 30 dias, mas o coronel Wagner esclareceu que como se trata de um hospital público, o mais provável é que o resultado das investigações ocorra antes desse prazo.
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Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Coelho Pereira
“Por ser uma unidade de saúde do Estado, e a gente precisa urgente, a gente acelera. Temos alguns elementos que estão sendo colhidos, principalmente com aqueles profissionais que chegaram a fazer intervenção na debelação, inclusive tirando os pacientes de lá. Então, juntando todas essas peças, o laudo tem que sair com mais rapidez. Eu não vou dar certeza, porque tem uma variável, por exemplo, da CEA [Companhia de Eletricidade do Amapá]. Tem informações, e vamos buscar, que se ouviu um estrondo fora da unidade. Então, a gente precisa, não só de boca, pegar essa informação, a gente oficializa a CEA”, justificou o comandante do Corpo de Bombeiros.