Por RODRIGO ÍNDIO
Lucivaldo Rodrigues Brandão, de 33 anos, foi diagnosticado com aneurisma cerebral no dia 26 de junho. Após a descoberta, ficou internado mais de um mês no Hospital de Emergência de Macapá, aguardando uma transferência para o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL) e até hoje aguarda por procedimento cirúrgico.
No HCAL há 26 dias, o promotor de vendas já teve a cirurgia cancelada seis vezes. Segundo a família, o hospital alega que falta leito de UTI, material cirúrgico, oxigênio e até medicação, que parentes estão tendo que custear do próprio bolso.
Nesta segunda-feira (24), os familiares e amigos se uniram e foram manifestar com cartazes em frente à unidade hospitalar. Eles cobram celeridade no processo que pode salvar o Lucivaldo. O ato aconteceu de forma pacífica.
Alessandra Rodrigues, irmã do paciente, relata que ele chegou falando, andando, lúcido e agora já não faz mas nada disso. Ela teme pela vida do irmão.
“Ele começou a alucinar, enquanto isso, seu estado de saúde só agrava. Está acamado. É triste ver como o ser humano é tratado aqui. No caso dele, o aneurisma pode romper a qualquer momento e ele pode vir a morrer. Resta pedir que, por favor, nos ajudem”, comentou.
A esposa de Lucivaldo, Rosana Almeida, contou que está desesperada e não sabe mais o que fazer. Emocionada, ela fez um apelo.
“Ajudem a salvar meu marido, ele precisa ter a oportunidade de ver nosso filho, nosso bebê de 1 ano e oito meses crescer. Estamos sofrendo junto com ele, que pensa que vai morrer abandonado. Essa é a única maneira da gente pedir socorro, estamos abandonados. Salvem meu marido”, pediu, chorando, Rosana.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou, em nota, que a direção do HCAL mantém diálogo com a família do paciente e que a cirurgia dele está agendada para acontecer nesta terça-feira, 25.
A pasta não respondeu os questionamentos da reportagem com relação ao motivo do cancelamento do procedimento seis vezes, se faltam medicamentos, UTI e oxigênio no hospital.