Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Os praticantes de atividades físicas que utilizam as vias do interior do estacionamento do Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre foram surpreendidos com a proibição da utilização do espaço. O impedimento gerou polêmica e divide opiniões.
Há pelo menos duas semanas, a empresa “Stopark”, oriunda do Triângulo Mineiro, da cidade de Uberlândia (MG), afixou placas com o seguinte aviso: “Proibido qualquer atividade física dentro do estacionamento. Esta é uma área privativa. Stopark, gestão de estacionamentos”.
Há pelo menos duas semanas, a empresa “Stopark” afixou placas com o aviso. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN
Como os índices da pandemia de covid-19 diminuíram e ocorreu a liberação de atividades físicas nas ruas de Macapá, a procura pelo espaço aumentou bastante nas últimas semanas. Apesar da restrição do estacionamento, o espaço ao redor continua sem impedimento para quem quer se exercitar e cuidar da saúde.
Procurada, a empresa justificou a proibição.
Johmara Oliveira: “As pessoas que vêm passear com os animais e não têm a noção de retirar e levar de volta o que não pertence ao estacionamento”
“As placas foram colocadas semana passada, mas a proibição vem desde o início. Nós já tivemos o incidente de uma criança que foi atropelada, na parte de fora, mas é algo a se preocupar. Tivemos carros de locadoras danificados e o lixo que fica: garrafa, tênis velho, meia velha. As pessoas que vêm passear com os animais e não têm a noção de retirar e levar de volta o que não pertence ao estacionamento”, declarou Johmara Oliveira, que, dentre outras funções, é atendente do box de pagamentos da Stopark dentro do saguão do aeroporto.
Apesar da restrição do estacionamento, o espaço ao redor continua sem impedimento para quem quer se exercitar e cuidar da saúde
Outro lado
Como o aeroporto está com pouco fluxo de decolagens e pousos, e pelo caráter público da construção do novo aeroporto, usuários reclamaram e colocaram dúvidas sobre a medida.
Na quinta e sexta-feira (30 e 31), por volta das 18 horas, a estudante Layla Talissa foi com amigos andar de skate long board no local. Nos dois dias, ela foi interpelada pelos funcionários da Stopark.
Para jovens pra ticantes de skate, espaço foi construído com dinheiro público e por isso deveria ser de acesso a todos
“As pessoas lá do estacionamento não me disseram muito, não. Apenas me disseram que não pode, que está proibido. Eu acho que poderia ter um meio termo, pois é um espaço construído com dinheiro público, as pessoas podem ter consciência e usar bem o espaço”, declarou a estudante.
A concessionária informou, porém, que não tem como impedir – fisicamente falando – a entrada de pessoas, pois o espaço tem aberturas para entrada e saída de usuários. No entanto, o aviso de proibição está vigente.