Justiça transforma em preventiva prisão de acusado de matar a ex-namorada

Georges alegou que tem sintomas da covid-19, mas o juiz determinou que a confirmação da doença seja atestada pelo Iapen
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Por SELES NAFES

O homem acusado de matar a ex-namorada a facadas no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá, teve a prisão flagrante transformada em preventiva, e aguardará o andamento do processo no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Como ele alegou na audiência de custódia que apresenta sintomas do novo coronavírus, o juiz Antônio José de Menezes determinou que ele fique isolado dos demais presos até que haja o diagnóstico.

Raiane Miranda de Andrade, de 20 anos, foi morta por volta das 22h do último dia 31. Após incursões das polícias Civil e Militar, o ex-namorado dela, Georges de Oliveira Correa, de 26 anos, foi preso em flagrante por volta das 2h do dia 1º.

Em depoimento à polícia, que considera o caso um feminicídio, Georges se manteve em silêncio sobre o crime, e disse apenas que estava com sintomas da covid-19.

“(…) Os sintomas do novo coronavírus supostamente apresentados pelo ‘flagranteado’ poderão ser avaliados pelo Iapen, mantendo-se o ‘flagranteado’ em isolamento até a confirmação da doença por meio de triagem”, determinou o juiz.

Em sua decisão, o magistrado citou informações levantadas pela polícia, como as mensagens ameaçadoras enviadas para a vítima no dia 26 e o comportamento violento de Georges.

A jovem foi morta a facadas: mensagens com ameaças de morte estão entre as provas contra Georges. Foto: Reprodução

Velório de Raiane teve emoção e revolta. Foto: Rodrigo Índio/SN

Para o magistrado, a prisão é necessária neste momento por haver indícios do delito e da autoria, e também porque a própria segurança do acusado estaria ameaçada.

“(…) A prisão se faz necessária também para garantir a própria integridade física do ‘flagranteado’, uma vez que até sua família está sendo ameaçada pela população em decorrência dos fatos, demonstrando dessa forma o abalado à paz social”.

Ontem (1º), no velório da jovem numa igreja da Assembleia de Deus, congregação frequentada pela família dela, parentes e amigos estavam emocionados, e lembraram dos sonhos de Raiane, que era mãe de uma menina de 3 anos.

Seles Nafes
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