Por RODRIGO ÍNDIO
Uma história de honra e glória. Assim foram lembrados todos os servidores que compõe a Polícia Militar do Amapá nesta terça-feira (25), data que marca o Dia do Soldado. Neste ano, a programação foi diferente. Um culto ecumênico homenageou militares da ativa e da reserva remunerada que faleceram acometidos do novo coronavírus.
Um desses guerreiros que tombaram nessa guerra foi o sargento Marcos Brito, de 45 anos. Militar muito querido e conhecido por sua atuação no Hospital de Emergência de Macapá, ele faleceu no dia 2 de maio. Seus familiares estiveram presentes na solenidade, que foi marcada por muita emoção.
Elza da Conceição de Deus e Ana Rita, mãe e irmã do sargento protagonizaram uma cena que representou o sentimento de muitos.
“É um momento bem difícil, doloroso e de saudade. Mas sabemos que a figura do Marcos representa um marco para a sociedade porque ele cumpriu seu papel. Se contaminou trabalhando no HE, morreu fazendo o que amava, se arriscando por outras pessoas e combateu o bom combate”, disse, emocionada, a irmã.
Para dona Maria do Nascimento, de 70 anos, a data também é bem dolorosa. O dia 25 marca os 4 meses de falecimento de seu filho, o sargento Amilton Nascimento, que morreu aos 53 anos.
“Dói muito, e só Deus para nós confortar. Só a gente que é mãe sabe. Nunca esperava passar por isso, nunca. Trabalhou mais de 30 anos na polícia para defender a população e estava na reserva. Ele faz muita falta na minha casa o meu filho, o meu amor. Todo dia penso nele, é um dia muito triste pra mim. Mas sei que ele está em um bom lugar”, comentou chorando a idosa.
No total, 13 militares foram homenageados, sendo, 12 da reserva remunerada e 1 da ativa. O Comandante Geral da PM, coronel Paulo Matias, enfatizou sobre a importância do culto.
“Comemorarmos o Dia do Soldado que vai do profissional da menor à maior patente na nossa instituição, é de extrema importância. Mas hoje o significado foi ainda maior por conta da ação de graças em prol dos policiais militares que perderam a vida para essa doença. É uma honra receber os familiares para prestar homenagens e agradecer pela fidelidade à profissão que cada um prestou. Fica nosso respeito, admiração por todos e pedir que Deus os guarde em um bom lugar”, finalizou Matias.
Na plateia, que respeitou o distanciamento social entre os presentes, muitos familiares e amigos foram às lágrimas com os hinos religiosos e orações. Houve, ainda, entrega de lembranças aos familiares.