Por RODRIGO ÍNDIO
Entre tantas histórias de crianças que desde cedo precisaram aprender a lutar pela vida está a dos amapaenses Vanderlei Neto Rigor Rocha e Davi Rocha Ferreira, de 8 e 5 anos. Os garotos são tio e sobrinho e além do laço familiar vivem juntos a esperança de vencer uma doença que só cresce no mundo, o câncer. Eles precisam de ajuda.
Após descobrir uma Leucemia Linfóide Aguda (LLA), Vanderlei iniciou o tratamento em agosto de 2016, no estado de São Paulo. Após consultas de rotina, recebeu alta médica e voltou ao Amapá. Mas em 2018, a doença retornou e, desde então, ele faz tratamento na Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (TUCCA).
O sobrinho de Vanderlei, Davi, nasceu aparentemente bem. Aos 3 meses de vida, durante a amamentação, sua mãe, Raimunda Noelina Soares Rocha, de 35 anos, percebeu algo diferente em seu olho. Após uma bateria de exames, veio a descoberta: o garoto, que era estrábico, teve deslocamento de retina, catarata, glaucoma e um suposto tumor no olho direito.
Davi sofria com fortes dores na cabeça e era levado constantemente ao Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), no Centro de Macapá. Com o apoio da ONG Carlos Daniel o menino viajou para o tratamento e foi diagnosticado com retinoblastoma – câncer ocular. A falta de apoio do poder público é uma angústia para a mãe.
“Nossa luta contra essa doença começou no dia 12 de junho 2020. Viemos tratar o que o nosso estado não trata, viemos atrás de socorro. A ajuda que é por direito destinada aos pacientes fora do estado nunca chegou em minhas mãos e nas mãos de outras mães que não recebem a muito tempo o pagamento do TFD [Tratamento Fora de Domicílio], é triste”, comentou Raimunda.
Davi está em internado no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), em São Paulo.
Para aliviar o sofrimento da família, na última semana, a ONG Carlos Daniel voltou a ter uma nobre atitude. Sabendo de um grande desejo de Davi em ter um tablet, a instituição fez uma campanha e recebeu dois aparelhos. Um foi para o Davi e outro para Vanderlei.
Pode parecer pouco, mas para os meninos significou muito. Raimunda Soares sonha em ver o irmão e o filho recuperados.
“Que todos recebam a cura e que possam ser crianças felizes como sempre foram. A dor de ver o efeito colateral da quimioterapia é muito grande. Mas tenho fé de vê-los vencer tudo isso”, finalizou.
A família necessita se manter em São Paulo e como os custos são altos, precisa de ajuda financeira. Quem tiver interesse em colaborar, pode entrar em contato pelo número (96) 9 9904-5925 (WhatsApp) ou fazer transferência bancária. Seguem os dados:
Caixa Econômica Federal
Agência: 0658
Operação: 013
Conta: 070.337-0
Rainunda Noelina Soares Rocha
O CPF pode ser obtido pelo número (96) 9 9904-5925 (WhatsApp).