Por RODRIGO ÍNDIO
A dor de perder um familiar é imensurável, ainda mais quando ocorre de uma forma covarde e brutal, como nos casos de feminicídio.
O mês de agosto é marcado por campanhas de combate à essa prática e neste sábado (15), amigos e familiares de mulheres assassinadas no Amapá realizaram um ato para chamar a atenção para o crescimento deste tipo de crime, e pedir paz e justiça por todas.
A iniciativa partiu das famílias da policial militar, cabo Emily Monteiro – cuja morte completou 2 anos no último dia 12 –, de Adriana da Silva – que tem o assassino foragido e impune há 4 anos –, e de Kátia Silva e Raiane Miranda, mortas recentemente. Todas as vítimas estavam representadas no ato.
O movimento também tem o objetivo de fazer a sociedade refletir e combater a violência contra a mulher, na tentativa de impedir que mais crimes ocorram.
Na concentração, na Praça do Barão, no Centro de Macapá, condutores colaram nos veículos adesivos que estampavam o rosto das vítimas, com mensagens reflexivas. Os manifestantes clamavam por celeridade da justiça nos casos.
A Polícia Militar acompanhou a carreata para organizar o trânsito e fazer a segurança dos participantes durante o percurso. O ato ocorreu de forma ordeira.
Com carros de som que entoavam hinos religiosos, a carreata seguiu até o Parque do Forte, na orla do Centro. Lá os familiares prestaram homenagens e realizaram orações pelas mulheres que tiveram a vida interrompida.
Além disso, os participantes usaram camisas com fotos das vítimas e balões nas cores branca e lilás – que simbolizam a luta contra a violência que vitima as mulheres – nas margens do Rio Amazonas para homenagear com aplausos a memória de quem partiu.
Vários homens participaram do ato também, o que foi considerado positivo pela coordenação.