Trilha do mel: amapaenses preparam novo passeio turístico pós-pandemia

Objetivo é fortalecer economicamente as comunidades que vivem nessas áreas e, consequentemente, a preservação ambiental e o turismo do Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Um biólogo e um guia de turismo amapaenses se preparam para receber turistas em comunidades e espaços arborizados onde ocorre a produção de mel de abelhas sem ferrão. É que nesses locais existe grande diversidade de biomas, fauna e flora.

O objetivo é fortalecer economicamente as comunidades que vivem nessas áreas e, consequentemente, a preservação ambiental e o turismo do Amapá.

No Mel da Pedreira, o cultivo comunitário movimentou mais de R$ 40 mil em 2019. Cirilo e Cirilo Neto, meliponicultores. Fotos: Arquivo Pessoal e Divulgação

O interesse na atividade de criação de abelhas sem ferrão no Brasil passa por um grande crescimento nos últimos 10 anos. Desde esse período já há vários meliponários (condomínios onde se cultivam as abelhas sem ferrão) espalhados no Amapá.

A ideia inicial é começar um roteiro em quatro desses locais, e, depois, expandir o projeto para outros lugares do Amapá.

Na Fazendinha há dois espaços, o Néctar e o Mundo das Plantas. Neles, as abelhas estão integradas com hortas comunitárias e frutíferas. Outros dois meliponário funcionam no Bioparque da Amazônia e no Quilombo do Mel da Pedreira, que fica no Km 40 da BR-210, onde o processo está mais avançado.

O interesse na atividade de criação de abelhas sem ferrão no Brasil…

… passa por um grande crescimento nos últimos 10 anos

Lá no Mel da Pedreira, o cultivo comunitário movimentou mais de R$ 40 mil em 2019. O experiente guia de turismo Marcelo de Sá Gomes é o responsável pelo roteiro e o contato com as comunidades.

“Por ser área de igarapés e lagos oriundos do Rio Pedreira, também é área de dois tipos de tucunarés, o que agrega a experiência gastronômica. É área de cerrado e de ressacas, dois importantes biomas amapaenses e fortalece a defesa desses ecossistemas. Sem falar na degustação do próprio mel, que é uma delícia”, explicou Marcelo de Sá.

Marcelo de Sá Gomes com turistas

Juntar o ‘saber da comunidade’ ao conhecimento científico e à proposta de geração de renda, e trazer para o Amapá uma experiência turística que cresce no mundo todo, é o objetivo geral do projeto.

O biólogo e pesquisador Richardson Frazão, associado do Laboratório de Entomologia de Ecossistemas do Iepa e CEO da Néctar consultaria, que é pioneira com o trabalho de criação de abelhas sem ferrão no Amapá, explica uma peculiaridade do produto.

“O sabor desse mel é diferente do mel produzido pelas abelhas com ferrão, que foram trazidas para o Brasil oriundas da Europa. O mel das abelhas sem ferrão é mais fluído e tem o sabor de cada floresta, de cada ambiente, de cada lugar, porque também depende da flora de cada lugar”, explicou o biólogo.

Biólogo e pesquisador Richardson no Meliponário do Bioparque da Amazônia, em Macapá

Richardson: “O sabor desse mel é diferente do mel produzido pelas abelhas com ferrão”

O roteiro está pronto, os contatos e primeiros passeios já estão sendo agendados, mas a dupla alerta para os cuidados com a covid-19. Por isso, passeios de fato ocorrerão apenas quando as autoridades sanitárias considerarem seguras o conjunto de atividade econômicas.

Para saber mais, o contato pode ser feito com Marcelo Sá através do telefone (96) 98402-8088 ou mais detalhes neste link.

Seles Nafes
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