Por RODRIGO ÍNDIO
Três centros covid montados no Amapá para pacientes com o novo coronavírus estão sendo desativados pelo governo do Estado. O motivo alegado é a queda no número de casos do novo coronavírus. O custo mensal das três unidades era de aproximadamente R$ 9,8 milhões.
A decisão é baseada em critérios técnicos que apontam: estabilidade, óbitos em queda e os casos da doença no Amapá diminuindo; queda na taxa global de ocupação dos leitos, que se manteve entre 35% e 40%; necessidade de retomada gradual das atividades regulares do complexo de saúde do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), e Inauguração da Maternidade da Zona Norte. Veja o que dizem os gestores de saúde do Estado:
No entanto, o Estado luta para que todos os equipamentos adquiridos na pandemia possam reforçar a rede de saúde. Com a desmobilização dos três centros, os casos de internação serão concentrados no Centro Covid HU.
Segundo o secretário estadual de saúde, Juan Mendes, a unidade pode absorver com folga a demanda já estabilizada com sua atual capacidade total de 120 leitos, com 32 Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Juan explicou a desativação para imprensa nesta quarta-feira no auditório do Hemoap, em Macapá.
No dia 9 de setembro houve o fechamento do Centro Covid 1, que ficava no Hcal. Nesta quarta-feira (30), os Centros Covid 2, na Maternidade da Zona Norte, e Covid 3, no Hospital de Santana, deixam de ser gerenciados pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) e são também desativados.
O centro covid 1, que funcionava dentro do complexo HCAL, vai passa por adequações para receber a estrutura da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, com ampliação da UTI, leitos clínicos, cirúrgicos e de semiintensivo. O covid 2, que passou a funcionar no prédio da maternidade da zona norte, vai passar por obras, e a previsão de inauguração é 31 de outubro. A nova maternidade vai desafogar o atendimento na Mãe Luzia. A previsão é que mais de 600 partos sejam feitos por mês na nova maternidade. E a estrutura do terceiro centro, foi adaptada e transformada em Centro de Apoio ao Hospital de Santana.
De abril a setembro de 2020 foram 1391 pacientes internados nos covid 1, 2 e 3. Destes 1004 estão recuperados e 387 perderam a vida.
O número de profissionais trabalhando no espaço foi de 460 pessoas. Pessoas que atuaram e ainda estão atuando e que são contratos estaduais emergênciais, dada a necessidade poderão ter o acordo renovado. Mas as que fizeram através do INGH não terão renovação e o acordo encerra agora.