Com apoio da Polícia Civil, o Ministério Público do Amapá cumpriu 8 mandados de busca e apreensão em Macapá, nesta quarta-feira (23), numa ação denominada de Operação Caro Edil, que apura supostas irregularidades com uso da verba indenizatória na Câmara Municipal de Macapá.
As investigações são comandadas pelos promotores Afonso Guimarães e Laércio Mendes, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Macapá (Prodemap), em parceria com a Polícia Civil.
As ordens judiciais foram cumpridas em empresas suspeitas de serem usadas no suposto esquema e nas residências de seus proprietários. Foram apreendidos documentos, computadores e notas fiscais de serviços supostamente prestados aos gabinetes de alguns vereadores. O objetivo é robustecer de provas as investigações para instrução de um Inquérito Civil Público.
“Já pedimos acesso aos autos para tomar conhecimento sobre as acusações. De todo modo, adiantamos que empresa pretende colaborar com a investigação, fornecendo todas as informações necessárias para o alcance da verdade”, disse Auriney Brito, que advoga para uma das empresas investigadas.
Afonso Guimarães explicou que cada vereador dispõe de R$ 20 mil por mês de verba indenizatória para gastos com atividades necessárias ao exercício dos mandatos, como locação de veículos e aquisição de combustíveis, por exemplo. A denúncia aponta que estes valores públicos estariam sendo desviados para outras finalidades.
A Operação contou com a participação dos promotores de Justiça da Prodemap, Afonso Pereira e Alberto Eli, que acompanharam as buscas com os oficiais de justiça, e com o apoio de delegados e agentes da Policia Civil do Estado do Amapá.
A expressão “caro Edil” é comumente usada como uma espécie de pronome de tratamento entre os vereadores quando eles eles se referem uns aos outros.
Foto de capa: Ascom/MPE