MP quer desativação de cabines de desinfecção no Amapá

Recomendação alega que não há comprovação científica, e que produtos químicos podem afetar a saúde. Foto: PMM
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O Ministério Público do Amapá expediu recomendação para que o Bioparque e todas as unidades de saúde estaduais que possuam cabines de desinfecção de covid-19 para que desativem esses equipamentos. O MP alega que não há comprovação científica da eficácia desse método.

A recomendação dá prazo de cinco dias para que os gestores se manifestem. Além do Bioparque, a recomendação inclui os hospitais da Mulher, da Criança e o HE.

A OMS, segundo a recomendação, não teria comprovado a eficiência das cabines, o que teria gerado uma nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O MP também cita um posicionamento contrário ao método pelo Conselho Federal de Química, parecer que embasou a nota da Anvisa “bem como descreveu os prováveis riscos possíveis quanto à exposição aos produtos que foram aprovados para a limpeza de superfícies, e não de pessoas, utilizados nesses equipamentos”.

Cabine de desinfecção na frente do HE. Foto: Seles Nafes

“(…) O tempo de exposição é muito pouco — alguns saneantes exigem pelo menos 10 minutos de contato com a superfície para serem efetivos. Essas cabines liberam névoas de produtos desinfetantes por sobre as pessoas que por ela passam. Acontece que os saneantes borrifados por essas estruturas foram aprovados, exclusivamente, para limpeza de superfícies. Dessa forma, alguns deles podem provocar reações alérgicas e até diminuir a capacidade natural da pele humana em combater micro-organismos prejudiciais à saúde”.

A Secretaria de Saúde do Amapá foi procurada para comentar o assunto, mas ainda não se posicionou. O diretor do Bioparque, Richard Madureira, disse que irá aguardar a notificação. 

Seles Nafes
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