Projeto foi um dos 3 selecionado entre outros 88 para a etapa final do concurso “Raps de Inovação e Sustentabilidade”, na categoria “Planeta”
Compartilhamentos
Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Cada 1 litro de óleo vegetal queimado pode contaminar até 20 mil litros de água. Foi pensando nisso que o amapaense Lucas Abrahão elaborou um projeto para reaproveitamento do óleo utilizado pelos empreendedores que vendem batata, churros, banana e outras frituras nas praças de Macapá.
O projeto de “Ecopontos”, implementado em 2017 pela Prefeitura Municipal de Macapá, através de Secretaria de Desenvolvimento Econômico, acaba de chegar à final do concurso “Raps de Inovação e Sustentabilidade”, na categoria “Planeta”.
Lucas Abrahão: projeto agora concorre no voto popular. Fotos: arquivo pessoal
Uma seleção feita por um júri de especialistas em meio ambiente selecionou o Ecopontos dentre outros 88 projetos. Os três projetos que ainda concorrem, passam agora pela etapa do voto popular, pela internet, e o vencedor representará o Brasil na próxima conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, a COP26, que ocorrerá no início de novembro em Glasgow, na Escócia.
O projeto disponibilizou e espalhou grandes recipientes de armazenamento onde os vendedores ambulantes podiam descartar o óleo queimado das suas atividades e o material era recolhido por uma empresa parceira, que o transforma em biodiesel e sabão em barra.
Segundo Lucas apurou, o projeto parou em Macapá apenas por conta da pandemia de covid-19, e a PMM já está articulando o retorno do Ecopontos. Quando em funcionamento, parte do sabão produzido através do óleo reutilizado pelo projeto era destinado às escolas municipais.
Experiência do Ecopontos iniciou na orla de Macapá
O autor da iniciativa destacou que a defesa do meio ambiente é também um dever urbano, das cidades, especialmente de uma cidade da Amazônia, banhada pelo Rio Amazonas. As formas de descarte, seja via esgoto ou através da rede de águas pluviais, de uma maneira ou de outra, acaba chegando ao Rio Amazonas.
E foi essa a questão que o projeto tentou atacar, principalmente. Agora, com reconhecimento nacional, a ideia é ir além.
“Queria ressaltar a importância da equipe, da PMM na implantação do projeto, e queria pedir também o voto dos amapaenses, para que a gente consiga ter uma boa notícia, o Amapá sendo representado no Reino Unido, no principal evento que vai discutir esse e outros temas e isso com certeza irá reforçar nossa autoestima enquanto amapaenses, macapaenses, que amamos a nossa cidade. Esse é o pedido de ajuda”, declarou Lucas.
