Por SELES NAFES
O advogado Rubem Bemerguy será o candidato a vice na chapa encabeçada pelo PSB, de João Capiberibe, na corrida pela prefeitura de Macapá em 15 de novembro. O anúncio foi feito nas redes sociais, na manhã desta terça-feira (8), pelo senador Randolfe Rodrigues e pelo próprio ex-candidato a prefeito pela Rede.
Em entrevista ao Portal SelesNafes.Com, Randolfe justificou a escolha afirmando se tratar de uma alternativa para impedir a que prefeitura seja governada pelo que ele chamou de “nova harmonia”.
Ele também criticou a postura do PDT local, que na opinião dele precisa ser acompanhada mais de perto pela direção nacional do partido de Brizola. O PDT anunciou coligação com o DEM, de Josiel Alcolumbre.
Qual será o nome dessa coligação?
Macapá para seguir em frente
Por que a opção pela aliança com o PSB?
Porque existe uma frente política que está sendo montada e é identificada pelas pessoas que governaram Macapá entre 2008 e 2012. Foi uma época muito difícil para Macapá, e essa frente quer retomar o comando da cidade. Essa aliança é baseada principalmente no poder político do governo do Estado (PDT). Nesse sentido a candidatura de João Capiberibe se identifica com que pensamos, com os nossos ideais e com o compromisso de governar com honestidade e seguir em frente.
Mas até um tempo desse você não fazia parte desse grupo que hoje tem o empresário Josiel Alcolumbre como candidato, não?
Eu não compunha. Eu continuo oposição a Waldez Góes, desde 2002. Sempre estive em sentido oposto.
Só que no ano passado houve uma aproximação com o PDT…
Houve com o PDT nacional. Houve uma aproximação com o Ciro que é meu candidato a presidente em 2022. Inclusive, exulto que o PDT nacional faça uma reflexão profunda sobre os caminhos do PDT daqui, que está longe de ser o PDT de Brizola e João Goulart. O PDT daqui se alia a setores reacionários.
Qual vai ser a importância do Rubem nessa chapa PSB/Rede?
Vai ser um ator central na atração de alguns setores. O Capi tem forte entrada nas camadas populares, enquanto o Rubem é muito identificado com as camadas médias, é um advogado de sucesso. Foi melhor secretário de Educação que o Amapá teve (anos 1990). Tem experiência política, administrativa e é um quadro forjado desde a juventude.
Qual seria a participação dele numa eventual gestão?
Governar junto. O programa não é do PSB, mas da frente democrática. Somos os legítimos signatários das mudanças que ocorreram em Macapá nos últimos anos.
Como o senhor avalia a análise de outros candidatos de que um prefeito de um partido de oposição não teria apoio financeiro do governo federal?
Isso é um discurso antigo dos herdeiros do Território Federal e do coronelismo. Eles dizem que tudo depende do governo federal e da submissão do “presidente de plantão”. Desde 2018 existe o orçamento impositivo, que no ano passado representou 58% da capacidade de investimento da prefeitura. Esse dinheiro veio da bancada, e não do presidente de plantão. Qual é a obra de Jair Bolsonaro ou de Temer no Amapá? A pavimentação da zona norte, por exemplo, é de emenda minha e de toda a bancada.