Sozinhas e na pobreza, irmãs centenárias lutam para sobreviver

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Por RODRIGO ÍNDIO

O segredo para a longevidade está na fé, boa alimentação e amor próprio. É o que garantem três simpáticas irmãs centenárias que moram sozinhas em uma casa de madeira, na zona norte Macapá. Mas, apesar de terem vivido mais que a maioria das pessoas, elas passam por sérias dificuldades. Assista com o SNTV.

Maria de Souza Reis, de 105 anos, Laura Souza dos Reis, de 101, e Ernestina de Souza, de 99 anos, são naturais de Chaves, município no interior do Pará. Elas moram há mais de 40 anos no Amapá, onde ampliaram a família e nunca se separaram.

Todas estão lucidas, adoram um bom bate-papo acompanhado de um café quentinho e fazem questão de mostrar os documentos que comprovam suas idades.

Nos dois dedos de prosa, dona Maria revelou que teve um filho que acabou falecendo. Ernestina não teve filhos biológicos e adotou uma menina que hoje é uma mulher de 40 anos e que mora no Rio de Janeiro.

Já Laura é mãe de três filhos, sendo que um deles faleceu. Ela não consegue mensurar o número de netos, bisnetos e tataranetos que tem, mas garante que são muitos.

Ernestina, de 99 anos, e Laura, 101 anos: solidão na reta final da vida as vezes entristece. Fotos: Rodrigo Índio

Maria, 105 anos: Ainda quero viver, tenho fé

Caprichosas, elas mantém a casa sempre organizada do jeito que podem

Mas o imóvel está sendo devorado por cupins

Cupins

Atualmente, as irmãs moram num imóvel que está sendo devorado por cupins. Elas sobrevivem com o pouco dinheiro vindo da aposentadoria. Neste período de pandemia, nenhuma delas teve direito a benefício. Na dispensa, não há alimento e na geladeira só há água armazenada em garrafas pet e restos de legumes.

Para piorar, Maria de Souza sofreu um acidente doméstico e fraturou as costas. A primogênita, agora precisa de ajuda para tomar banho, trocar as fraudas, se medicar e alimentar. Ela passa o dia deitada numa rede recebendo cuidados das irmãs e teme pela vida.

“Acho que não vou resistir, penso que tá chegando minha hora. Mas ainda quero viver, tenho fé”, esperançou-se.

Ernestina é a mais nova: 99 anos

Ela conserva a habilidade na máquina de costura

No entorno de onde as centenárias moram, vivem outros familiares e vizinhos que sempre, quando podem, estão presentes na casa dando apoio. Apesar da simplicidade, as irmãs que estão bem de saúde fazem de tudo. Lavam, passam, cozinham e mantém o ambiente organizado e hospitaleiro.

Quem tiver condições e puder contribuir com alimentos, roupas, medicamentos ou qualquer doação para que as idosas possam ter um pouco mais de conforto, basta entrar em contato com o número (96) 99163-0542 (contato só para ligação, dona Ernestina não tem celular compatível com WhatsApp).

Irmãs ostentam com orgulho as carteiras de identidade

Certidão de nascimento de Maria, emitida em 1915

Laura mostra a geladeira quase vazia

Irmãs passam por dificuldades…

Quem preferir, pode levar a doação até a Passagem Antônio Osmar, n° 122, Jardim Felicidade I, rua que antecede um supermercado na BR-210, ou fazer transferência bancária. 

É importante ressaltar que as pessoas que forem manter contato com as idosas para deixar doações precisam utilizar máscaras, álcool gel e mantenham o distanciamento social, já que elas não foram acometidas pela covid-19.

Conta para quem puder ajudar

Seles Nafes
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