Por RODRIGO ÍNDIO
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Covid-19) produzida em setembro e divulgada em outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Amapá apresentou a 2ª maior proporção de pessoas que não fizeram restrições no 6º mês de pandemia.
Os dados mostram ainda que em setembro 68,4% dos domicílios amapaenses tinha pelo menos um morador que recebeu auxílio emergencial do governo federal ou estado, em razão da Covid-19.
O estado também tem o segundo maior índice de população ocupada que estava afastada do trabalho que tinha devido ao distanciamento social, com 27 mil trabalhadores nessa situação (9,6%).
A pesquisa apresenta dados sobre saúde, trabalho e outros tópicos relacionados ao período. Mensalmente, o IBGE divulga os resultados da pesquisa para Brasil, grandes regiões e unidades da federação.
Percentual de isolamento
A Pnad identificou que dos 857 mil residentes no Amapá, 68 mil (7,9%) não fizeram qualquer medida de restrição em setembro; 283 mil (33,1%) reduziram o contato mas continuaram saindo de casa; 300 mil (35,1%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas; e 202 mil (23,6%) ficaram rigorosamente isolados.
A 1° maior proporção de pessoas que não fizeram isolamento ficou com o Pará com 10,2% da sua população não observando qualquer medida de restrição de contato.
A região Norte apresentou o maior índice de habitantes que não seguiram qualquer medida de restrição de contato.
Auxílio Emergencial
A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia, no Amapá, passou de 71,4% para 68,4% em setembro, com valor médio do benefício em R$ 981 por domicílio.
Entre os auxílios, estão o Auxílio Emergencial e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
Desde o início da pesquisa, em maio, o Amapá é o estado com o maior percentual de domicílios onde um dos moradores recebe auxílio emergencial.
Ocupados
Dos 280 mil ocupados em setembro, 15 mil estavam trabalhando de forma remota, e 40 mil (14,2%) estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência.
Cerca de 10 mil trabalhadores afastados estavam sem receber a remuneração (24,6%). Em agosto, este percentual era de 22,1%, e em maio, era 54,7%.
O contingente de trabalhadores informais ficou em 137 mil pessoas em setembro, ou 49,1% do total de ocupados. Isto representa um aumento de 4,2% na quantidade de informais em relação a agosto e um aumento na taxa de informalidade. O Amapá tem a quarta maior taxa de informalidade do país.
Pnad
As entrevistas da Pnad Covid-19 elaborada para acompanhar o período de pandemia começaram no dia 4 de maio e foram feitas exclusivamente por telefone, devido ao distanciamento social na pandemia.
Os dados divulgados no dia 23 de outubro foram coletados durante 4 semanas, entre 1º e 26 de setembro.