Campanha eleitoral é suspensa por 7 dias em Macapá; veja o que fecha

Por causa do novo crescimento de casos de covid-19, diversas atividades econômicas que estavam liberadas agora serão proibidas ou restringidas na capital do Amapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Começa a valer à meia-noite, 0h, desta quarta-feira (28), os decretos municipal e estadual que recuam na flexibilização das atividades econômicas e sociais em Macapá e voltam a restringir o funcionamento de empreendimentos na capital do Amapá.

A decisão, comunicada no início da noite desta terça-feira (27), conjuntamente, pelo governador do Estado, Waldez Góes, e pelo prefeito da capital, Clécio Luís, foi tomada em razão de novo crescimento do número de casos confirmados de covid-19.

As regras valem por 7 dias e atingem, sobretudo, a campanha eleitoral. Neste período, qualquer atividade que gere aglomeração, como adesivaços, caminhadas, bandeiradas, reuniões eleitorais, entre outras, estão proibidas.

Bares, casas de shows e similares, assim como balneários, também devem fechar por 7 dias – medida que começa a partir da meia-noite. Ainda nesta terça-feira iniciam as fiscalizações nesses locais em uma operação entre órgãos sanitários e de segurança do estado e do município. A ação deve entrar pela madrugada.

Clécio e Waldez assinaram dois decretos. Fotos: Marco Antônio P. Costa

As atividades do setor do Comércio mantêm-se funcionando nos mesmos horários. Restaurantes podem funcionar até 21h. Academias e igrejas permanecem no horário que já estão. Miniboxes voltam a fechar às 21h, pois também estavam gerando muitas aglomerações, principalmente por consumo de álcool.

“No caso de Macapá, alinhados com o decreto do GEA, nós vamos tomar a medida através de decreto de suspender, eu vou até usar uma expressão mais forte, proibir, as atividades de campanha eleitoral que gerem aglomeração. Todas as atividades, como reuniões políticas sejam elas em ambientes fechados ou abertos, bandeiradas, aquelas caminhadas, estão proibidas”, confirmou o prefeito Clécio.

Waldez justificou a tomada de decisão baseado nos crescimentos dos casos positivos e da taxa de ocupação. Atualmente, segundo o governador, 124 leitos de UTI e clínicos estão ocupados, antes do recente salto de casos, há cerca de 12 dias, apenas 24 leitos estavam com pacientes de covid em estado grave.

“Com duas medidas que estamos adotando, nós já tiramos de circulação e contato milhares de pessoas. Você vê que existem hoje em torno de 600 candidatos, de todos os partidos, são mais de 30 frentes só de vereadores em Macapá, mais os candidatos a prefeito, todos com atividades diárias. Então, a gente suspende por sete dias essas atividades e isso gera um efeito de distanciamento significativo”, declarou Waldez.

Ambos, Waldez e Clécio, pediram a colaboração da sociedade, de todos as instituições e estabelecimentos comerciais, e das pessoas, colocando que, por 7 dias, essas medidas podem ser amenizadas ou enrijecidas novamente, dependendo do resultado obtido nesse período.

Prioridade

Sobre a suspensão das atividades de campanha a 19 dias da votação em 1º turno, o governador e o prefeito são unânimes na opinião de que a segurança sanitária que o momento exige são mais importantes.

Eles sabem que algum candidato pode se insurgir contra as medidas, mas, caso isso ocorra, a Justiça é quem deverá mediar.

Segunda onda

Presente na coletiva, o superintendente de vigilância em saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, afirmou não ser possível definir a situação como uma “segunda onda”.

Ele afirma ter um “incremento” no número de casos, mas que, do ponto de vista epidemiológico, as medidas foram tomadas para evitar que se tenha uma segunda onda.

Seles Nafes
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