Covid-19: Clécio nega segunda onda, mas faz alerta

Prefeito e autoridades sanitárias de Macapá confirmaram aumento de atendimentos e de casos confirmados nos últimos dias durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (20).
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O prefeito de Macapá, Clécio Luís (sem partido), fez um alerta à população durante entrevista coletiva no Palácio Laurindo Banha, nesta terça-feira (20), sobre o crescimento nos números de casos de covid-19 em Macapá.

No entanto, ele e a equipe de Vigilância em Saúde do município afirmaram que o aumento ainda não justifica uma segunda onda da doença na capital do Amapá.

O grande número de atendimentos, que destoou do que vinha ocorrendo há várias semanas em Macapá, ocorreu na segunda-feira (19), quando 731 pessoas procuraram as Unidades Básicas de Saúde (UBS) vocacionadas para os atendimentos de covid-19.

Gisela Cezimbra, secretária de saúde de Macapá; Dr. Anderson Walter, epidemiologista e Enfermeira Verônica, da vigilância epidemiológica, acompanharam o prefeito na coletiva. Fotos: Marco Antônio P. Costa e Arquivo/SN

No domingo (18), porém, esse número foi de 336, no sábado, 435, na sexta-feira, 469, na quinta-feira, 513, na quarta-feira, 494, na terça-feira 470, e na segunda-feira (12/10) 295.

Das 277 pessoas que fizeram testes rápidos na segunda-feira, 58 tiveram resultado positivo. No domingo, 26 foram positivos, no sábado 46, e na sexta-feira 52. Uma variação de crescimento pequena. 

Também houve alta na entrega de medicamentos: 506 na segunda-feira (19) e 246 no domingo (18). Portanto, os números apontam, todos eles, para um crescimento maior na segunda-feira.

Segunda onda tem que ser analisada

Segundo Clécio, para ser chamado de uma segunda onda, como já ocorre nos países europeus e em outros estados brasileiros, é necessário que a evolução de crescimento seja contínua.

“Nós realmente, ontem, segunda-feira, tivemos um aumento significativo do número de pessoas que procuraram nossas UBS Lélio Silva, Álvaro Correa e no Santa Inês. O que mais aumentou, foi o número de pessoas que nos procuraram, é um número que há algum tempo, não acontecia e passa esse sentimento e faz com que nós estejamos aqui para informar e dar o máximo de transparência e informações sobre o que está acontecendo”, salientou o prefeito.

Segundo a PMM, no geral, a população relaxou nas medidas de proteção

Após o pico da doença em Macapá e no Amapá, que ocorreu em maio, já houve um outro momento, em agosto, em que um único dia o número de atendimentos ficou acima de 700, como nesta segunda-feira.

Por isso, afirma a PMM, é necessário falar com a população, disparar o alerta, mas seguir observando a situação.

“Se é uma segunda onda não podemos dizer ainda hoje. Estamos vendo no mundo inteiro um aumento significativo e em muitos lugares esse aumento tem sido chamado de segunda onda. Uma vez que esse pico foi ontem, em tempo real tomar todas medidas necessárias. Por exemplo: reforço de equipe nas unidades básicas de saúde. Hoje à noite já tem um reforço de 50 % nas unidades de covid e amanhã [quarta-feira (21)], com base nos número de hoje, já temos quadro se for necessário”, informou Clécio.

Medidas e feriado prolongado

Clécio informou que já conversou com o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), e que terá uma reunião com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) para conversar sobre a situação.

Uma das hipóteses que a PMM trabalha é que o feriado prolongado de Nossa Senhora de Aparecida, com a realização de diversas atividades sociais, de reuniões, festas, campanha eleitoral, juntamente com a diminuição das medidas de higiene sanitária, pode ser a raiz do pico de atendimento desta segunda-feira.

A data de período de incubação coincidiria, aproximadamente, com o período do feriadão. Mas, além disso, Clécio fez uma reflexão.

“De certa forma, todos nós relaxamos um pouco, não é verdade? Nós relaxamos porque os números foram baixando, estabilizaram, mas é a prova de que a pandemia não passou. Tem um pico, nós não sabemos ainda se é um caso isolado ou se é uma tendência, mas que requer de nós uma reflexão de que precisamos continuar tomando os nossos cuidados de higiene, sanitários e sociais”.

Seles Nafes
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