Por RODRIGO ÍNDIO
A Polícia Civil de Vitória do Jari prendeu em flagrante um homem de 23 anos por estupro de vulnerável, por estar convivendo maritalmente com uma menina de 11 anos. O acusado já responde pelo mesmo crime cometido contra outra menor. A prisão foi feita na última quarta-feira (7), no interior do Amapá.
O caso aconteceu na comunidade de Iapirá, região ribeirinha que vem sendo alvo de diversas denúncias de abuso de crianças e adolescentes. Com estas informações o Conselho Tutelar e policiais civis viajaram cerca de 3 horas pelo rio Cajari para chegar ao local.
Lá flagraram um homem vivendo como marido e mulher com uma criança de 11 anos de idade. Segundo o suspeito, o relacionamento existia há mais de um mês.
“Ela me mandava carta, eu não respondi. Um dia mandou um recado para eu ir na casa dela e eu fui. Quando cheguei lá ela disse que tava gostando de mim, perguntou se eu gostava dela. Eu disse ‘olha eu gosto, mas só tem que tu é de menor e meninas de menor tô saindo fora porque começou a pegar pro meu lado já’, disse o suspeito.
Sabendo dos riscos, o rapaz levou a ideia à adiante. Um detalhe que chamou a atenção da polícia é de que a mãe da menina havia consentido a relação.
Mesmo alegando gostar da menina, o suspeito foi abordado e levado, juntamente com a criança, para a delegacia para prestar depoimento. Após o procedimento, o homem identificado como Elionai Gomes Ribeiro ficou preso pelo crime de estupro de vulnerável e vai aguardar audiência de custódia.
A criança passou por exame de conjunção carnal na Polícia Técnico-Científica (Politec) – já que na noite anterior teria mantido relação sexual – e ficou na guarda do Conselho Tutelar, onde passará por atendimento psicológico. A mãe, que consentiu a relação, será notificada para prestar esclarecimentos quanto aos cuidados com a filha.
Na delegacia ficou constatado que Elionai Ribeiro já responde pelo mesmo crime no município de Santana. Pela Lei, é crime ter relações sexuais ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos, podendo gerar uma pena de reclusão de 8 a 15 anos.