Moradores fecham JK após quedas de energia

A manifestação é dos moradores do Igarapé da Fortaleza, no limite entre os municípios de Macapá e Santana.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Moradores do Igarapé da Fortaleza, no limite entre Macapá e Santana, fecharam a Rodovia JK, na noite desta quarta-feira (21), em protesto contra o que chamam de “descaso” com a comunidade.

A principal reclamação dos manifestantes é com as constantes quedas de energia elétrica – que segundo eles, foi e voltou 18 vezes só na terça-feira (20).

Protesto provocou…

… grande engarrafamento…

… nos dois lados da pista. Fotos: Geiza Miranda

“Já faz mais de uma semana que eles pegam e ficam desligando, tipo como se fosse um interruptor, liga e desliga a energia, e a população não aguenta mais. Estamos revoltados. São vários moradores que estão sofrendo com isso, já queimou muita coisa. Na minha casa já queimou central de ar e a população está indignada”, revoltou-se Eliabe Araújo, morador e microempreendedor do bairro.

Segundo Eliabe, mesmo durante a manifestação, que começou às 18h30, a energia faltou duas vezes, e eles não tiveram outra alternativa a não ser fechar a rodovia com paus queimados.

A JK é a principal via de ligação entre as duas maiores economias municipais do Estado, Macapá e Santana. Como a manifestação foi no horário de pico, verificou-se grandes congestionamentos para os dois lados da rodovia.

Os manifestantes admitem que a medida foi extrema, mas justificam como a única maneira de chamar a atenção das autoridades e aproveitaram o momento para fazer outras reivindicações.

Muitos moradores participaram do protesto, ajudando…

… a interditar a via

“A população está cansada e indignada. A população é carente de tudo. Carente de UBS, carente de saneamento básico, de tudo aqui no Igarapé da Fortaleza. O poder público esqueceu da gente e nós só conseguimos adquirir alguma coisa dessa forma, fazendo esse manifesto, tocando fogo nas ruas, só assim a gente consegue resolver. É por isso que a gente tá aqui, pra ver se tem alguma solução”, complementou Eliabe.

O manifesto encerrou-se às 20 horas, pacificamente – apesar dos pneus queimados –, após a chegada da Polícia Militar do Amapá (PMAP), que fez um acordo para que os moradores desobstruíssem a via.

Seles Nafes
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