Atualizado às 11h43
Uma jovem internauta de 20 anos, moradora do município de Santana, a 17 km de Macapá, manteve por dois anos um perfil de apologia ao nazismo na rede social influenciadora Twitter, onde ela cultivava 1.067 seguidores até ser denunciada.
O caso foi investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil de Macapá, que com a ajuda da empresa desenvolvedora da rede social conseguiu chegar até a garota. O perfil investigado foi excluído da internet.
Segundo a polícia, desde maio de 2018, ela fazia a veiculação de símbolos, emblemas e propaganda da cruz suástica (ou gamada) – símbolo antigo adotado como representatividade da “raça ariana” propagada pelo líder nazista, Adolf Hitler. A polícia também encontrou publicações enaltecendo a imagem do ditador alemão.
O nome da acusada foi preservado porque as investigações continuam. A polícia quer saber, ainda, se existe uma rede ou grupos distintos coordenando alguma corrente de propagação e apologia ao nazismo no estado.
Segundo o delegado Leandro Leite, da 6ª DP da capital, a jovem foi indiciada na manhã desta segunda-feira (5) pelo crime previsto no artigo 20, §1º, da Lei Federal 7.716 de 05 de Janeiro de 1989, “divulgação ou apologia ao nazismo” – pena que pode chegar à reclusão de 2 a 5 anos, além de multa.
“O enaltecimento e a apologia ao nazismo devem ser coibidos por toda a sociedade e a Polícia Civil do Amapá atuou no sentido de debelar o crime”, reforçou o delegado.