‘Pracinha ambiental’ pode evitar alagamentos em bairro de Macapá

Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Macapá ganhou, na tarde desta quarta-feira (07), uma área de convivência construída na Rua Hildemar Maia, próximo ao Aeroporto Internacional de Macapá. O espaço é um deck feito sobre uma área alagada por onde escoam águas da chuva, e foi construído com o objetivo de preservar o lugar e evitar alagamentos.

A área, também conhecida como Lagoa do Zezinho, em referência ao pioneiro do Santa Rita já falecido “Zezinho Protético. É uma espécie de área de ressaca, um fragmento úmido da cidade que sofre influência de marés e tem bela vegetação, com diversas árvores com destaque para os buritizeiros.

Por ter importância natural, como na influência do clima, a obra que custou cerca de R$ 110 mil foi pensada e executada sem aterramento para que não haja interferência no movimento das águas.

“Fizemos o aproveitamento de uma área alagada da cidade que vai servir como cartão postal para quem chega, para quem sai, mas principalmente para a comunidade mesmo. Muita gente usa essa região para caminhar, fazer atividades esportivas, então resolvemos fazer essa primeira experiência”, justificou o prefeito Clécio Luís.

Estrutura feita com madeira de lei. Fotos: Marco Antônio P. Costa

“Acupuntura urbana”

Praça vai ajudar na preservação da área de ressaca

Prefeito: local frequentado por pessoas que se exercitam

Acupuntura urbana

Feito em madeira de lei, com recursos do próprio município, Clécio explicou que a intervenção é uma “acupuntura urbana”, conceito de obras com baixo custo, mas com alto impacto visual e ambiental. Além disso, a própria vazão das águas aumentará o que pode corrigir um problema histórico que região tem.

“Preservamos a área de ressaca, aumentamos o fluxo de água pluvial, que é um problema dessa área aqui. Na verdade é preciso um trabalho de macrodrenagem. Preservamos a vegetação nativa, os buritizeiros, tudo, e trabalhamos com madeira de lei, paisagismo, jardinagem e com iluminação”.