Por SELES NAFES
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), desembargador Rommel Araújo, disse que é tecnicamente inviável antecipar a eleição em Macapá como querem oito candidatos a prefeito. No entanto, ele deixou claro que a decisão será do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Esta semana, a pedido da corte no Amapá, o TSE adiou o pleito na capital por falta de segurança, em razão dos protestos e atos de vandalismos gerados a partir do apagão.
Logo em seguida, o TRE remarcou para os dias 13 e 27 de dezembro o 1º e o 2º turnos. Ontem (14), oito dos 10 candidatos anunciaram que pediram ao TSE a antecipação para 29 de novembro e 13 de dezembro.
Ouvido pelo Portal SelesNafes.Com neste domingo (15), Rommel Araújo disse que a ideia inicial era fazer o 1º turno em 29 de novembro e o 2º em 13 de dezembro, e que chegou a consultar o TSE a respeito dessa possibilidade. A resposta foi que seria inviável, tecnicamente, especialmente porque não haveria tempo hábil para preparar as mais de 700 urnas eletrônicas e parear o sistema do TRE com o do TSE.
“A urna eletrônica precisa ser abastecida, mudar horário, mudar data, não é só desligar da tomada e ligar de novo. O nosso sistema também precisa estar perfeitamente alinhado com o sistema do TSE para a totalização com segurança”, explicou.
“As datas sugeridas (pelo TSE) para 1º e 2º turno foram essas (13 e 27/12). Não foi uma decisão às cegas e por capricho do tribunal”, acrescentou.
Tribunal paralelo
Rommel Araújo mandou um recado para os candidatos, e revelou que a assessoria técnica de um deles teria afirmado que seria tecnicamente viável a eleição em 29 e 13.
“O que eu não vou aceitar é um Tribunal Regional Eleitoral paralelo. A nossa corte fez o que era para fazer. A decisão agora será do TSE, que está analisando o pedido deles”.