Após pandemia, apagão e tempestade, até tromba d’água assusta em Macapá

Fenômeno ocorreu na orla da capital do Amapá, após chuva na manhã desta quinta-feira (26).
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Depois de tantos acontecimentos em 2020, o macapaense anda meio receoso com tudo o que acontece em sua volta. Ainda mais quando um fenômeno da natureza percorre a orla da cidade, como aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (26), desde o Bairro Perpétuo Socorro até o Araxá. Assista.

As trombas d`água não são incomuns na região. Mas também não ocorrem todos os dias. Contudo, nos último anos, a impressão é que a incidência aumentou. Curiosos fizeram vídeos do fenômeno desta quinta-feira. As filmagens estão espalhadas pela internet.

Um destes curiosos, o técnico de áudio Carlos Alberto, de 41 anos, contou que muita gente parou para olhar o fenômeno na orla, que ocorreu logo depois de uma chuva.

Pessoas ficaram receosas, mas não deixaram de registrar o fenômeno em imagens. Fotos: Reprodução

“Sinceramente, são coisas da natureza. A gente não sabe o que pode vir pela frente, maior do que essa, com mais intensidade que essa. Ela estava um pouco distante da margem do rio”, contou Carlos Alberto.

Explicações

O metereologista Jefferson Vilhena, do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (Iepa), explicou ao Portal SelesNafes.Com as características deste fenômeno. Uma tromba d’água é similar ao tornado, com a diferença que o primeiro – com o próprio nome sugere – se forma em rios e mares, e o segundo ocorre na terra.

A tromba d’água possui características específicas, como por exemplo, a altura que pode alcançar cerca de 1 quilômetro e os ventos que podem ultrapassar os 100 km/h na mais fraca das hipóteses.

Meteorologista do Iepa, Jefferson Vilhena: “Nunca tente se aproximar, como as pessoas que estavam filmando fizeram, foram pra cima dela. Não ia sobreviver ninguém”

“A tromba d’água e o tornado são considerados, na meteorologia, os eventos mais destrutíveis que se possa imaginar. É intensamente destrutível em pontos localizados, consegue fazer uma trincheira, uma vala na terra se ele for bastante intenso. Se tiver árvores, casas e carros na frente, esse sistema consegue destruir rapidamente esses materiais. Na água, se ele pega uma canoa ou um barco, destrói em segundos sem a menor dificuldade. Eis o perigo”, explica Jefferson.

O meteorologista orienta que a população deve seguir caminho contrário para evitar o contato com esses fenômenos.

“Nunca tente se aproximar, como as pessoas que estavam filmando fizeram, foram pra cima dela. Não ia sobreviver ninguém, nem a ponte que eles estavam ficaria de pé. Então é preciso evitar”, alertou o meteorologista.

Seles Nafes
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