Cronograma desagradou muitos amapaenses, principalmente na capital Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO
Alvo de muita reclamação por conta da metodologia utilizada, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) estuda alterações no rodízio de energia, que foi implantado porque o apagão, que durou mais de 80 horas, deixou o Estado com apenas 70 % da capacidade de fornecimento elétrico.
Segundo a CEA, todos os 13 municípios afetados obedecem ao rodízio desde domingo (8). A preferência no fornecimento, segundo a estatal, é para áreas com serviços essenciais, como unidades de saúde, estações de tratamento e distribuição de água, segurança, e apoio de tecnologia da informação para o funcionamento destes serviços. Porém, o cronograma desagradou muitos amapaenses, principalmente na capital.
Reclamação de um internauta sobre o cronograma. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Uma das reclamações é que, enquanto bairros como o Nova Esperança, onde funciona a UBS Rosa Moita e passa por racionamento, com parte do dia e da noite sem energia, em outros pontos, onde estão bairros planejados como os Residenciais Mônaco e San Marino, e, aparentemente, não há serviços prioritários, o fornecimento ocorre 24 horas por dia.
Outra indignação é que os mesmos bairros ficarão sem energia no turno da noite (entre 0h e 6h) todos os dias até que o problema seja sanado 100%. Para piorar, tem regiões em que a energia não chega, em outras, demora a chegar e logo vai embora.
Procurada, a CEA se posicionou sobre a efetividade do cronograma elaborado.
Sobre a reclamação da falta de energia em alguns locais nos horários em que o cronograma aponta que haveria fornecimento, a Companhia afirmou que se tratam de problemas isolados, como defeito em transformadores da rede de distribuição, cabos interrompidos e consumidores que fazem ligações clandestinas, sem autorização e de forma errada.
A CEA disponibiliza o telefone 116, no qual os consumidores devem informar sobre a falta de energia no horário contrário ao do cronograma e uma equipe técnica será enviada. Foto: Ascom/CEA
Para solucionar essas demandas a CEA disponibiliza o telefone 116, no qual os consumidores devem informar sobre a falta de energia no horário contrário ao do cronograma e uma equipe técnica será enviada ao local para averiguar.
Em relação aos bairros que vão passar a madrugada sem energia, a empresa informou que faz um novo estudo para tentar identificar se será possível fazer uma nova redistribuição, principalmente para o turno da noite. Mas, a resposta só será repassada em 2 ou 3 dias.
Por fim, sobre o fornecimento continuo para os Residenciais San Marino e Mônaco, ambos localizados na Rodovia JK, a CEA informou que eles estão no mesmo circuito do Hospital Universitário (HU), onde funciona um Centro Covid, atualmente a única unidade pública de saúde pública que faz internação de pacientes de covid-19 com quadro agravado.
