Por RODRIGO ÍNDIO
Em meio a uma onda de protestos o presidente da República, Jair Bolsonaro, deverá desembarcar na tarde deste sábado (21) em Macapá.
A capital amapaense e outros 12 municípios do estado já enfrentaram dois blecautes desde o dia 3 e entraram no 19º dia sofrendo as consequências sociais e financeiras dos apagões, com racionamento e rodízios de energia – o vai e vem da energia já levou a incêndios residenciais.
Segundo relatório da Polícia Militar, até noite desta sexta-feira (20), as manifestações motivadas pelos blecautes já haviam chegado a 120 atos em Macapá e Santana os dois mais populosos do estado.
Com a população mais enfurecida a cada protesto, as tropas de choque da PM têm tido cada vez mais trabalho para conter e dispersar as multidões. Já houve confrontos.

Segundo relatório da PM, até noite desta sexta-feira (20), as manifestações motivadas pelos blecautes já haviam chegado a 120 atos em Macapá e Santana
“Temos tido que atuar com policiais especializados no controle de distúrbios civis. Mas temos conseguindo controlar e disseminar com as técnicas de gerenciamento de crises e muito diálogo com os organizadores também, quando é possível. O comando geral criou um gabinete de gerenciamento destas crises com avaliações diárias. Temos tido resultados bastante satisfatórios”, analisou o capitão Iram Andrade, da Diretoria de Operações da PM.
O cenário em que o presidente aterrissa no Amapá levou as forças policiais a montarem um forte esquema de segurança, o que não impede manifestações contra e a favor de Bolsonaro sendo organizadas pela internet.
Na quinta-feira (19), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sentiu um pouco do clima que o presidente e sua comitiva devem enfrentar. Ele teve que driblar uma manifestação que o esperava em frente ao Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre para cumprir sua agenda de acompanhamento dos trabalhos para restabelecer o fornecimento normalizado de energia.
Bolsonaro e Albuquerque devem também visitar o parque gerador termoelétrico montado pela Eletronorte para suprir, provisoriamente, a demanda do Amapá até que os trabalhos de instalação de um transformador sejam concluídos na subestação Macapá, onde ocorreu o incêndio que iniciou a crise energética no estado.