Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Além de ter sido o grande ‘campeão’ nas prefeituras amapaenses, com vitórias de seus prefeituráveis em 11 dos 15 municípios que tiveram eleição neste último domingo (15), o DEM, do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, também foi o que mais ajudou a eleger vereadores no Amapá.
Ao todo, foram 19 vereadores espalhados em 13 municípios, com destaque para Pedra Branca do Amapari. No município do centro oeste amapaense, a prefeita reeleita do DEM, Beth Pelaes, levou consigo para a câmara 3 vereadores só do seu partido, além de outros 3 dos tucanos (PSDB), que estava na coligação com Beth.

DEM em Pedra Branca

DEM em Vitória do Jarí
Em segundo lugar, empatados o Partido Progressista (PP), o Partido Liberal (PL) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), elegeram, cada um, 16 vereadores.
O Republicanos elegeu 15, PROS 14, PSD 12, PSDB 9, PSL 5, Rede 5, MDB 4, PCdoB 3, Avante 3, Cidadania 2, PSC 2 e, elegendo um vereador cada, PTB, Podemos, PT, PV e PSB. Partidos que tiveram certo destaque nacional, como PSOL que disputa o segundo turno da cidade de São Paulo, não elegeram nenhum vereador.

Bruno venceu pelo DEM em Tartarugalzinho

Larga vitória de Márcio serrão, do DEM, em Laranjal do Jarí

DEM também saiu vencedor em Amapá

Davi apoiou Bala em Santana
Eleição de centro-direita
As eleições municipais, especialmente para a vereança, têm a tradição histórica de serem menos movidas pelas matizes ideológicas e mais pela força, ou do compadrio ou das famosas máquinas.
Isto se repetiu no Amapá, que desde as candidaturas apresentavam uma quantidade muito maior de postulantes ao centro, centro direita e direita.
Na esquerda e centro-esquerda, o PSB em Pracuúba, e o PT em Santana, ficaram com apenas 1 vereador cada. Menos pior foram a Rede com seus 5 eleitos e o PCdoB com os seus 3.

Bolsonaro e Davi: cenários antagônicos nas eleições
Entretanto, a extrema direita que governa o país com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também não tem muito o que comemorar. O PSL, partido pelo qual o presidente elegeu-se, teve apenas 5 eleitos e o PSC, só 2.
Também houve uma mudança no centro. Assim como nacionalmente, o MDB, que antes concentrava boa parte do centrismo na política brasileira, obteve o modesto resultado de eleger apenas 5 vereadores.
Ocorre que parte dos políticos que se organizavam no partido de Ulysses Guimarães, hoje estão divididos em vários partidos centristas como o PROS e Republicanos.
Joia da coroa
O êxito do presidente do Senado Federal, no entanto, depende da “joia da coroa”: Macapá.
A capital do Estado, que concentra quase 60% dos eleitores amapaenses, é quem determinará, definitivamente, vencedores e perdedores nesta eleição.