Exclusivo: TCU pede à Polícia Civil documentos apreendidos em subestação

Tribunal cita apreensão de documentos pela Polícia Civil no inquérito que investiga as causas do apagão e atividades das empresas
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Por SELES NAFES

O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ajuda da Polícia Civil do Amapá para instruir um processo administrativo contra as empresas Isolux e Linhas Macapá Transmissão S.A. O objetivo é apurar possíveis omissões e irregularidades na prestação de serviços das duas empresas.

O tribunal fará uma auditoria nas atividades das empresas que são contratadas pela Eletronorte para administrar a subestação de rebaixamento de energia do Linhão de Tucuruí, na BR-210, zona norte de Macapá.

Num ofício encaminhado à Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (Decon), o TCU solicitou cópias de todos os documentos apreendidos pela Polícia Civil no último dia 11, na subestação e endereços das duas empresas.

Trecho do ofício encaminhado à Decon

A Polícia Civil abriu um inquérito, e um laudo preliminar da Politec, divulgado com exclusividade pelo Portal SelesNafes.Com, concluiu que o incêndio que destruiu um transformador e afetou outro, no último dia 3, não foi causado por um raio, mas por falta de manutenção adequada. O incêndio causou um apagão e gerou uma crise de energia que entra nesta quinta-feira (19) em seu 16º dia.

Perícia da Politec concluiu que causa do incêndio não foi raio

“Este Tribunal de Contas solicita a disponibilização de cópias dos laudos oficiais feitos pela Polícia Técnica do Amapá, bem como dos documentos que possam comprovar irregularidades na prestação de serviços das empresas já mencionadas”, diz o ofício assinado pelo auditor fiscal Cláudio Renan da Costa Dias, designado para conduzir a auditoria.

Uma fonte da Polícia Civil confirmou que os documentos serão entregues ao TCU, e revelou que uma força tarefa de policiais e servidores com formação em licitações, contratos e em ciências contábeis estão debruçados sobre todos os documentos apreendidos na operação. 

Ontem à noite (18), a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), a Polícia Federal também entrou no caso e enviou peritos para iniciar uma investigação por determinação do Ministério da Justiça.

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