Jovem pode ter morrido asfixiado durante apagão

Vítima dormia com gerador ligado na sede de uma empresa em Porto Grande
Compartilhamentos

Por SELES NAFES

O apagão que atingiu o Amapá no último dia 3 pode ter feito uma vítima fatal. Foi o funcionário de um provedor de internet na cidade de Porto Grande, a 105 km de Macapá. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte.

Jehoash Vitor Monteiro, de 24 anos, foi encontrado morto na sede da empresa no dia 6. Ele seria o responsável pelo gerador de energia da empresa e passaria a noite no prédio.

“A informação que a gente tem é que ele foi pra loja dormir e deixou o gerador ligado dentro de uma sala sem ventilação. Provavelmente morreu por asfixia de gás carbônico”, comentou o delegado Bruno Braz, que abriu inquérito.

O delegado aguarda as perícias do local do fato e da necropsia. Este último exame vai apontar a causa da morte. O gás carbônico não tem cheiro, e as vítimas geralmente morrem dormindo ou depois de desmaiar. Não há prazo para os laudos ficarem prontos.

Os chefes e companheiros de trabalho do jovem foram intimados para prestar depoimento na próxima sexta-feira (13), em Porto Grande.

Escritório onde o corpo foi encontrado. Foto: Polícia Civil

Assistência

O Portal SelesNafes.Com procurou a empresa WebFlash. O advogado da empresa, Fernando Melém, informou que a orientação da empresa é para que os geradores sejam acionados fora das lojas por conta do barulho e dos gases tóxicos, e que avisos indicando o funcionamento externo estão fixados como avisos nos geradores.  

“Essa é a orientação, por isso nunca tivemos problemas. Não sabemos porque o funcionário colocou para dentro da loja, e ao que tudo indica ele adormeceu. Lamentável, porque foge completamente das normas operacionais. Estamos apurando para que não ocorra mais. Foi uma fatalidade que foi registrada como morte acidental na delegacia. Infelizmente, a primeira causa foi que ele, por conta própria, colocou o gerador para dentro e acabou falecendo. É duro dizer isso”, ponderou o advogado.

Delegado Bruno Braz: depoimentos serão em Porto Grande

Melém informou que a empresa acompanhou a liberação do corpo, arcou com funeral e está providenciando psicólogos para a família e colegas de trabalho.

Jeoash Vitor Monteiro não era casado e também não tinha filhos. A mãe dele prestou depoimento hoje de manhã no inquérito que investiga a morte. 

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!